Procissão do século XIX leva encenação da prisão de Jesus pelas ruas históricas de Itu


‘Procissão do Fogaréu’ foi realizada pela primeira vez no século XIX em Itu (SP) pelos frades carmelitas na Igreja do Carmo. Imagem de Jesus Cristo que será usada para a ‘Procissão do Fogaréu’, uma tradição trazida pelos Frades Carmelitas
Arquivo pessoal
Uma tradição do século XIX, trazida para o Brasil pelos frades carmelitas, a “Procissão do Fogaréu” recontará os últimos momentos de Jesus no Horto das Oliveiras, antes de ser preso e levado pela guarda romana, na próxima quinta-feira (17), pelas ruas de Itu (SP).
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A procissão terá início na Igreja do Carmo, às 22h, e seguirá pelas ruas de Itu até chegar ao Quartel, localizado na Praça Regimento Deodoro. O local vai simbolizar o Jardim de Getsêmani, onde estará a imagem de Jesus preso.
Ao g1, Altair Estrada Junior, um dos organizadores, contou que a imagem de Jesus preso será levada pelas ruas históricas da cidade e conduzida até a Igreja do Carmo. “A igreja estará com as luzes apagadas e, assim que a imagem entrar, as portas serão fechadas”, explica.
O evento conta também com a participação do “Coro Santa Cecília”, que vai colaborar com as canções nas “meditações da passagem dos últimos momentos de Jesus Cristo, da agonia e da dor”, comenta.
Segundo Altair Estrada Junior, o evento já fez parte do calendário litúrgico da Semana Santa de Itu (SP), e a iniciativa dos frades carmelitas em retomar a procissão tem o objetivo de recontar um pouco da história que a cidade carrega.
Conforme Altair, não há registros das procissões do século passado, nem documentação, pois o fogo que atingiu o local acabou consumindo tudo.
Ele lembra ainda que, naquela época, o evento era marcado por muito barulho e correria, e que as elites da cidade não participavam. A procissão deixou de existir entre os anos de 1891 e 1894.
A procissão conta com os personagens ‘Farricocos’, que são os personagens centrais do evento, pois são eles que vão representar os soldados romanos que buscam Jesus para prendê-lo. Eles têm como características as túnicas e os capuzes com pontas que cobrem seus rostos e carregam tochas acesas.
Eles também utilizam a matraca, um instrumento feito de madeira que, ao ser agitado, faz muito barulho. Além disso, o coro entoa cantos que lembram os momentos de dor de Jesus.
A participação é gratuita, e os participantes devem levar velas para a procissão.
Igreja do Carmo em Itu (SP) realiza procissão do século 19 para celebrar a Paixão de Cristo
Arquivo pessoal
*Colaborou sob supervisão de Júlia Martins
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