Mais de 140 pessoas morreram na República Democrática do Congo após um incêndio atingir uma embarcação de madeira que transportava passageiros e combustível no rio Congo. Segundo autoridades locais, o fogo começou quando uma mulher acendeu brasas para cozinhar a bordo.
A embarcação, que transportava cerca de 500 pessoas — entre elas mulheres e crianças —, virou na terça-feira (9), no noroeste do país. Cerca de 100 sobreviventes foram levados para um abrigo improvisado e outros, com queimaduras, precisaram ser hospitalizados.
“O número de mortos foi extremamente alto. Mais de 150 sobreviventes com queimaduras graves ainda não receberam nenhuma ajuda humanitária”, afirmou o senador Jean-Paul Boketsu Bofili, da província de Equateur. “Nossos rios, que antes eram fonte de vida, estão se tornando cemitérios para o povo congolês. Isso é inaceitável”.
Outros casos
Acidentes com embarcações são comuns no país. Muitos ocorrem à noite, em barcos superlotados e sem medidas de segurança. A fiscalização é falha, e os rios ainda são um dos principais meios de transporte para a população, especialmente em regiões com pouca infraestrutura.
Esse não é um caso isolado. Em 2024, 78 pessoas morreram após um barco com 278 passageiros naufragar no lago Kivu, no leste do país. Outro acidente, em dezembro do mesmo ano, deixou 22 mortos no oeste do Congo.
