Pneumonia, bronquite e mais: Papa Francisco lutou contra doenças respiratórias

Papa Francisco passou por diversos episódios de doenças pulmonares nos últimos meses – Foto: Divulgação/Vatican News
O mundo perdeu nesta segunda-feira (21), uma das figuras mais transformadoras da Igreja Católica moderna. O Papa Francisco, nome adotado por Jorge Mario Bergoglio ao assumir o pontificado em 2013, morreu em Roma após prolongada batalha contra uma pneumonia bilateral que comprometeu os já frágeis pulmões.
Este quadro clínico do pontífice, que perdeu parte do pulmão direito, aos 21 anos, devido a uma infecção, se agravou significativamente nas últimas semanas.

Internado desde 14 de fevereiro no Hospital Gemelli, Francisco enfrentou momentos críticos no final de fevereiro, quando uma crise respiratória quase o levou à morte.
Doença respiratória causou morte de Papa Francisco
A pneumonia bilateral – infecção simultânea em ambos os pulmões – representou um desafio especialmente perigoso para o Papa Francisco. Diferente da pneumonia comum, esta variante enche os alvéolos pulmonares de líquido, reduzindo drasticamente a capacidade respiratória.
Papa Francisco foi internado no dia 14 de fevereiro com uma crise respiratória – Foto: Divulgação/Vatican News
Nos últimos meses, os frequentes episódios de bronquite já limitavam as atividades, dificultando até mesmo discursos prolongados. A tomografia de 18 de fevereiro confirmou o diagnóstico que levaria à sua hospitalização definitiva, marcando o início de uma batalha que testou os limites da medicina moderna.
O médico do Papa, Sergio Alfieri, revelou que a equipe chegou a considerar a suspensão do tratamento, mas o próprio Francisco insistiu: “Tente de tudo, não desista”.
“Tivemos que escolher entre parar e deixá-lo ir ou forçá-lo e tentar todos os medicamentos e terapias possíveis, correndo o risco muito alto de danificar outros órgãos. E no final nós tomamos esse caminho”, detalha o cirurgião italiano.
Em sua última aparição, no domingo de Páscoa, o pontífice fez apelo pela paz e criticou a cultura do descarte às pessoas idosas – Foto: Divulgação/ND
O legado de um pontífice que mudou a face do catolicismo
Nascido em Buenos Aires em 1936, o Papa Francisco fez história como o primeiro pontífice jesuíta, o primeiro papa das Américas e o líder que trouxe simplicidade ao Vaticano. Aos 21 anos, Jorge Mario Bergoglio sofreu um grave quadro de pleurisia – uma inflamação nos pulmões que causa dor aguda no peito.
Ele precisou realizar uma cirurgia que removeu parte de um dos pulmões. Sua morte encerra um pontificado marcado por gestos revolucionários – desde lavar os pés de detentos até defender migrantes e criticar o capitalismo selvagem.
Francisco fez sua última aparição no domingo de Páscoa, onde deixou uma mensagem aos milhares de fiéis presentes na Praça de São Pedro. Diante da multidão, o líder da Igreja Católica uniu a mensagem cristã da ressurreição a uma crítica contundente às desigualdades mundiais.
“Cristo ressuscitou! Neste anúncio encerra-se todo o sentido da nossa existência, que não foi feita para a morte, mas para a vida. A Páscoa é a festa da vida”, declarou o pontífice em sua última aparição antes de sua morte.

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