O cearense Renan Sousa tinha 23 anos quando foi sorteado, entre milhares de fiéis, para se confessar com o papa Francisco durante a Jornada Mundial da Juventude, em 2013. Cearense que se confessou com papa Francisco, em 2013, lembra com carinho a experiência.
“Pediu que eu rezasse por ele”. A quebra de protocolo do papa Francisco pegou de surpresa o então jovem de 23 anos, Renan Sousa, de Paracuru, na região metropolitana de Fortaleza. Renan e mais quatro jovens foram sorteados, entre mais de 300 mil fiéis, para se confessar com o pontífice durante a Jornada Mundial da Juventude, em 2013, no Rio de Janeiro. O Vaticano anunciou, nesta segunda-feira (21), que o papa morreu em decorrência de um AVC.
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Há 12 anos, o jovem Renan Sousa viajou mais de 2.500 km, de Fortaleza ao Rio de Janeiro, para participar do evento. Hoje, com 34 anos e professor de educação física, ele lembra com apreço a experiência cheia de surpresas.
“Ele, na simplicidade dele, olhou para mim e pediu para que eu rezasse por ele. Ele baixou a cabeça, pediu para que eu colocasse a mão sobre os ombros dele, rezasse por ele, pedisse pela saúde dele, pelo pontificado dele, pela missão dele enquanto papa”, lembrou o professor de educação física.
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A orientação repassada pela organização do evento era que a confissão com papa Francisco deveria durar entre três e cinco minutos. No entanto, o Santo Padre decidiu ter uma conversa mais pessoal com o jovem, que durou cerca de 15 minutos — e marcou para sempre o cearense.
“Isso ficou muito marcado, porque como assim, um jovem que até poucos dias atrás estava perguntando a Deus o que fazer, estava na frente do papa, e o papa pedindo para que esse jovem rezasse por ele, porque ele acreditava nesse jovem?! Então eu tive essa oportunidade, essa missão, rezei por ele. Acho que foi realmente Deus utilizando aquele grande homem como canal de mensagem mesmo”, reforçou Renan.
Renan lembra que, na conversa, o papa quis saber como era Paracuru, a cidade onde o jovem morava, como era o grupo de oração do qual participava e como funcionava a paróquia que ele frequentava.
Sinal divino
Renan Sousa foi sorteado, em 2013, para se confessar com o papa Francisco no Rio de Janeiro.
Reprodução
Renan hoje é casado, mora em Fortaleza e tem três filhos. Ele conta que, na época do encontro com papa Francisco, tinha dúvidas com relação à própria devoção, e encarou como um sinal divino ser sorteado para se confessar com o Santo Padre.
“Isso, para mim, ficou como um sinal de que Deus queria conversar comigo, que Deus estava mostrando que estava olhando por mim naquele momento, porque naquela época, eu era jovem, com muita coisa ‘do mundo’ me procurando, coisas erradas. Então eu procurava muito a Deus, buscava muito a Deus nos ensinamentos d’Ele. E isso soou para mim como um sinal de: ‘Eu estou aqui, estou te vendo, estou escutando”, disse Renan.
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A Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro aconteceu quatro meses após a eleição de Jorge Mario Bergoglio como líder da igreja católica. O evento reuniu milhões de jovens na capital fluminense entre 23 e 28 de julho, na Praia de Copacabana.
Renan era líder de um grupo de jovens em Paracuru, e decidiu viajar com três membros do grupo para o Rio de Janeiro. “Ali seria a maior experiência que nós, enquanto jovens, tentaríamos poder ter com a presença do nosso papa no país, na cidade do Rio”, disse.
Renan guarda há 12 anos o terço que ganhou de papa Francisco durante a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro.
Arquivo pessoal
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