Diálogo aberto para o Morro dos Cavalos e mais: liderança da educação de SC a caminho do MDB

Reunião no ministério dos Transportes – Foto: Eduardo Valente/GOVSC/ND
A audiência pública realizada ontem para debater a situação do Morro dos Cavalos mostrou um alinhamento entre lideranças políticas de Santa Catarina e do governo federal.
Houve disposição para o diálogo, reconhecimento da importância da pauta e, acima de tudo, esforço para buscar alternativas técnicas e políticas. Mas também ficou evidente um ponto central: ideias não faltam.

O governo do Estado apresentou uma proposta alternativa à do túnel planejado pelo DNIT, sugerindo um contorno que aproveitaria a pista atual no sentido Sul-Norte e uma nova via no sentido Norte-Sul. Foi, sem dúvida, uma tentativa legítima de colaborar.
Sugestão vinda do senador Esperidião Amin é que no prazo de 120 dias se avalie o impacto financeiro desta alternativa do Estado frente aos túneis do DNIT.
A própria fala dos representantes federais reforçou essa fragilidade. Sem um projeto executivo — ou ao menos básico — não é possível avançar na inclusão de novas alternativas no processo de licitação. Também se destacou que qualquer inclusão de obra dependerá de uma anuência da concessionária, o que transforma uma sugestão em uma negociação contratual de alta complexidade.
É preciso reconhecer que houve um ganho político importante com a audiência. Ministro dos Transportes, Renan Filho, governador Jorginho Mello, senadores e deputados reunidos para discutir infraestrutura é algo positivo.
Em muitos momentos, segundo fontes presentes, a audiência pareceu mais uma sessão de boas intenções do que uma etapa concreta de encaminhamento de soluções.
A oportunidade de corrigir distorções históricas como a do Morro dos Cavalos exige mais que boa vontade: exige preparo técnico e rapidez na tomada de decisões. O tempo político e o tempo da engenharia nem sempre andam juntos — mas se não começarem a correr lado a lado, corre-se o risco de se perder ambos.
Ajuste generoso
Em Assembleia Geral, acionistas da Casan aprovaram, por maioria, a proposta de fixação dos honorários dos administradores da companhia no valor global de até R$ 5,3 milhões. A aprovação contempla 20 membros, incluindo diretores, conselheiros e integrantes do comitê de auditoria, reajuste de 37% nos salários dos seus executivos. Segundo a Casan, o aumento segue critérios como desempenho, responsabilidade e valor de mercado.
Atualmente, conforme o Portal da Transparência, os executivos recebem em média R$ 35 mil, podendo atingir o teto constitucional de R$ 46,3 mil mensais. Foi autorizada ainda a possibilidade de reajuste dos honorários, caso haja aumento aos empregados da empresa, limitado ao mesmo percentual.
Recomposição
A Casan esclareceu que o reajuste salarial previsto para os administradores este ano está limitado à recomposição da inflação, com base no INPC, seguindo o mesmo índice aplicado aos demais colaboradores, como já ocorreu nos dois anos anteriores.
A empresa negou que haja previsão de aumento de 37%. Destacou ainda que o valor orçado nem sempre corresponde ao executado — em 2024, por exemplo, embora o teto fosse de R$ 4,3 milhões, o montante efetivamente utilizado com a remuneração dos administradores foi de R$ 3,8 milhões, já considerando encargos e honorários.
Troca no colegiado
A próxima mudança no colegiado deve mesmo ocorrer na área da Educação. O governo do Estado já sinalizou aos deputados a substituição. O nome escolhido pelo governador Jorginho Mello é o da presidente da Acafe, Luciane Ceretta (foto). A troca tem dois objetivos principais: melhorar as entregas na Educação e fortalecer a base política no Sul do Estado.
Luciane é um dos nomes que Jorginho quer para reforçar o MDB, partido que o governador tenta fortalecer para 2026. Nos bastidores, o governo não descarta que ela venha a ser lançada como nome para uma futura disputa majoritária.
Cidadão catarinense
O diretor-presidente da Engie Brasil Energia, Eduardo Sattamini, será oficialmente reconhecido como cidadão catarinense. A homenagem ocorre hoje em cerimônia na Assembleia Legislativa. A iniciativa é do deputado Sérgio Motta (Republicanos).
Nascido no Espírito Santo, Sattamini reside em Santa Catarina há 15 anos. Ele atua na Engie desde 2000 e é diretor-presidente desde julho de 2016. A partir de abril deste ano, passou a ocupar os cargos de country manager da Engie no Brasil e de diretor de Energias Renováveis para a América Latina.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.