Hugo Motta comunicou o adiamento da votação da anistia – Foto: Câmara dos Deputados/YouTube/Reprodução
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou nesta quinta-feira (24) que o colégio de líderes decidiu não incluir na pauta da próxima semana o requerimento de urgência para o projeto de anistia.
A pauta pede a concessão de um “perdão” aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023 e também ao próprio Bolsonaro, denunciado pela PGR (Procuradoria-Geral da República) por suposta tentativa de golpe de Estado.
Segundo Motta, a decisão foi tomada por líderes que representam mais de 400 parlamentares na Câmara. Ele destacou que isso não significa o fim do debate sobre o tema: “Seguiremos dialogando em busca de uma solução”, afirmou.
Presidente da Câmara diz que oposição também quer discutir Anistia
O presidente da Casa afirmou que mesmo os partidos de oposição estão dispostos a discutir sobre o projeto da Anistia.
“Ninguém aqui está defendendo penas exageradas que algumas pessoas possam ter recebido. Nenhum líder é a favor de injustiças, mesmo que, por sua posição partidária, tenha limitações na defesa de determinados pontos”, disse Motta.
Segundo o presidente, a pauta da próxima semana será dedicada a projetos de educação, em celebração à Semana da Educação, além da votação de propostas remanescentes que ainda não foram votados.
O adiamento da votação do projeto é visto como uma vitória para o STF (Supremo Tribunal Federal) e fortalece a posição do governo Lula. O presidente tem se posicionado contra a proposta, tanto por considerá-la uma ameaça à democracia quanto pelo temor de que ela possa beneficiar Bolsonaro, que está inelegível até 2030 e também é investigado.