Dólar fecha em queda nesta sexta-feira (24) pelo 6º dia seguido; perdas na semana somam 2%

Valor do dólar cai nesta sexta-feira (25), pelo sexto dia seguido – Foto: Deny Campos/Arte/ND
O valor do dólar fechou o dia em queda nesta sexta-feira (25), conforme o Banco Central do Brasil. Pela manhã, a moeda norte-americana estava custando R$ 5,68. Na quinta-feira (24), o fechamento ficou em R$ 5,69.
O dólar continuou em trajetória de baixa nesta sexta-feira (25), marcando o sexto pregão consecutivo de desvalorização frente ao real. O movimento ocorreu após a divulgação do IPCA-15, que mostrou inflação de 0,43% em abril, reforçando as apostas em novo aumento da taxa Selic pelo Banco Central em maio.

Às 17h06 (horário de Brasília) desta sexta-feira (25), o dólar à vista operava em baixa de 0,05%, cotado a R$ 5,6903 na compra e na venda. Na B3 (Bolsa de Valores brasileira), o dólar para maio, atualmente mais líquido, subia 0,07% com 5.6915 pontos.
Confira o valor do dólar hoje
Dólar comercial
Usado em negociações internacionais e operações financeiras.

Compra: R$ 5,690
Venda: R$ 5,690

Dólar turismo
Voltado para viagens e compras no exterior, sua cotação inclui impostos e taxas.

Compra: R$ 5,753
Venda: R$ 5,933

O que fez o valor do dólar cair?
Enquanto isso, no cenário internacional, o valor dólar apresentou comportamento oposto, avançando contra outras moedas globais. O alívio veio com sinais de que a China pode suspender tarifas de 125% sobre produtos americanos, reduzindo temores de uma escalada na guerra comercial entre as duas potências econômicas.
O IPCA-15 de abril, divulgado pelo IBGE, mostrou aceleração inflacionária que superou expectativas de mercado. Com acumulado de 2,43% no ano e 5,49% em 12 meses, os números reforçam o discurso hawkish do BC brasileiro, contrastando com a política monetária dos EUA.
Esse diferencial de juros em perspectiva ajuda a explicar a queda do dólar no Brasil, mesmo quando a moeda americana se fortalece globalmente. Enquanto o Fed mantém postura cautelosa, o Copom sinaliza medidas mais duras para conter a inflação doméstica.
A possibilidade de flexibilização tarifária entre China e EUA trouxe alívio aos mercados emergentes, mas o valor do dólar segue sensível a cada novo capítulo desse embate econômico. Investidores agora monitoram se a aparente trégua comercial se confirmará nos próximos dias.
No Brasil, a combinação entre inflação persistente e juros altos deve continuar sustentando o real no curto prazo. Porém, analistas alertam que a volatilidade pode retornar rapidamente caso haja reviravoltas nas negociações entre Washington e Pequim ou novos sinais sobre o ritmo de aperto monetário global.

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