
TATYANA MAKEYEVA
O Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB, na sigla em russo) anunciou neste sábado (26) a prisão de um suspeito do assassinato de um general russo morto na sexta-feira na explosão de um carro-bomba perto de Moscou e disse que o homem agiu sob ordens da Ucrânia.
Na sexta-feira, a Rússia acusou a Ucrânia de estar por trás da explosão que matou o general russo Yaroslav Moskalik, vice-chefe da Diretoria Operacional Principal do Estado-Maior das Forças Armadas.
“O agente dos serviços especiais ucranianos Ihnat Kuzin, nascido em 1983 e residente na Ucrânia, que colocou explosivos em um Volkswagen Golf em Balashikha, região de Moscou, matando o general Yaroslav Moskalik, foi preso”, disse o FSB em comunicado.
De acordo com o serviço de inteligência, Kuzin instalou uma bomba caseira no carro do militar, que ele levou de um esconderijo mantido pelos serviços especiais ucranianos na região de Moscou. A bomba foi então ativada por controle remoto a partir da Ucrânia, disse o FSB.
O suspeito — que pode pegar prisão perpétua se for condenado por “terrorismo” — está sendo interrogado, disse o Comitê de Investigação da Federação da Rússia, o principal órgão investigativo do país.
A Ucrânia não comentou o ataque, semelhante a outros atos contra membros do alto escalão das Forças Armadas russas e apoiadores influentes do Kremlin que ocorreram desde que a Rússia lançou sua ofensiva em fevereiro de 2022.