De agressão a PM até confusão em minimercado: relembre as detenções da ex-panicat Ana Paula Leme


Modelo foi detida três vezes desde julho de 2024 – e acabou condenada pelo primeiro episódio. Advogada dela critica última abordagem e diz que ‘estigma social’ não pode gerar detenções. VÍDEO: ex-panicat Ana Paula Leme é detida pela terceira vez após confusão em minimercado
A ex-panicat Ana Paula Leme acumula três detenções pela Polícia Militar (PM) desde julho de 2024 em Campinas – sendo a última delas na noite de segunda-feira (28), em um minimercado. Relembre, abaixo, todos os episódios e quais os efeitos deles até agora.
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Em todas, a modelo, que atuou como panicat (assistente de palco) no Pânico da Band e também foi capa da Playboy, estava embriagada. Dois dos casos foram registrados como embriaguez ao volante e, no último, a advogada dela afirmou que Ana Paula estava em “embriaguez severa”.
Ao criticar a última abordagem, a advogada de Ana Paula, Caroliny Chang Rodrigues, defende que o “estigma social” causado pelos casos anteriores não pode servir de amparo para detenções.
Primeiro caso: 20 de julho de 2024
Vídeo mostra ex-panicat presa por dirigir embriagada chutando policial militar
Reprodução
Ana Paula foi presa por embriaguez ao volante, desacato, ameaça e injúria após uma confusão em uma loja de conveniência do bairro do Cambuí.
A Polícia Militar foi chamada por uma funcionária do comércio que acusou Ana Paula de ter xingado e tentado sair sem pagar.
A modelo discutiu com os policiais e, ao ser levada para a viatura, deu um chute na genitália de um dos agentes. Um vídeo registrou a agressão.
Em outubro do mesmo ano, ela acabou condenada a um ano e três meses em regime aberto, além da perda do direito de dirigir por dois meses
A condenação foi em primeira instância e cabia recurso
Segundo caso: 30 de janeiro de 2025
Ana Paula Leme, ex-Pânicopinas
Reprodução/Instagram
Ana Paula dirigia um Jeep Renegade pela Rua Jorge de Figueiredo Corrêa, no bairro Chácara Primavera, quando foi abordada.
De acordo com a Polícia Militar, “a alteração da capacidade psicomotora ficou provada pela prova testemunhal”.
Ela foi presa em flagrante e levada ao 1º Distrito Policial.
A Justiça concedeu o direito de responder em liberdade, desde que fossem cumpridas medidas como o recolhimento domiciliar noturno. Ela descumpriu essa medida ao ser detida de novo.
O descumprimento pode alterar a situação de Ana Paula. A advogada afirmou que aguarda o desenrolar processual e só se manifestará após atualizações no processo.
Terceiro caso: 28 de abril de 2025
Ex-panicat é detida pela 3ª vez em 9 meses, em Campinas
Reprodução EPTV
Ana Paula Leme foi detida pela PM na unidade do Oxxo da Rua Jorge Figueiredo, no Taquaral.
Segundo PM, uma equipe foi acionada por funcionários do minimercado porque uma pessoa estaria “visivelmente alterada” e discutindo com clientes.
Ainda de acordo com a PM, ela recebeu voz de prisão, mas ofereceu resistência e não quis se identificar.
Porém, os policiais reconheceram a ex-panicat e ela foi levada ao 1º Distrito Policial de Campinas.
Na viatura, ela conversava com a equipe com falas desconexas. Ao chegar na delegacia, ela aparentava estar alterada, falando alto com os policiais.
Ana Paula Leme assinou um termo circunstanciado por desacato, foi ouvida e liberada.
Em nota, a OXXO afirmou que foi “apenas o local do acontecimento” e está à disposição das autoridades.
O que diz a defesa
A advogada Caroliny Chang Rodrigues questionou a detenção e afirmou que a cliente passa por uma situação de “estigma social” por conta dos episódios recentes de embriaguez ao volante.
“Esclarece-se, de modo categórico, que não houve qualquer prática de infração penal. A cliente, embora exaltada em razão do estado etílico e da abordagem, não ofereceu resistência física, tampouco foi flagrada em situação que justifique juridicamente sua detenção. É importante destacar que o histórico anterior da cliente – relacionado a outros episódios de embriaguez ao volante, já resolvidos judicialmente – não podem servir como estigma social nem justificar perseguições ou abordagens desproporcionais”, diz o texto da nota.
Ainda segundo a defesa, a presença da Polícia Militar na loja foi acionada “por terceiros” e os agentes de segurança, “equivocadamente”, presumiram que ela estaria conduzindo veículo automotor – o que, de acordo com a advogada, não é verdade, já que ela estava a pé.
Caroliny Chang Rodrigues ainda aponta “inadequação da abordagem policial”, considerando que, segundo ela, “a jurisprudência tanto do Superior Tribunal de Justiça (STJ) quanto do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) reafirma que, para que haja o dolo necessário para a caracterização do crime de desacato, o acusado deve ter plena consciência e intenção deliberada de se opor à autoridade”.
“O estado de embriaguez severa da cliente afetou diretamente a sua capacidade de agir intencionalmente, o que exclui o dolo e afasta a configuração desses crimes”, completou a defensora.
Presa em Campinas por suspeita de dirigir embriagada, Ana Paula Leme participou do programa Pânico
Reprodução/Instagram
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A ex-panicat, que soma 185 mil seguidores em uma rede social, participou da 1ª edição do reality Casa Bonita, no Multishow, e foi eleita Miss Reef Brasil, além de ter participado do Concurso Sereias. Também manteve por um período uma conta em uma plataforma de venda de conteúdo adulto.
Vídeo mostra ex-panicat presa por dirigir embriagada chutando policial militar
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