
Presidente gravou vídeo em razão do Dia do Trabalhador, que será comemorado nesta quinta (1º). Lula não vai participar de atos promovidos por centrais sindicais em 1º de maio pela primeira vez desde que assumiu o mandato, em 2023. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um pronunciamento sobre o Dia do Trabalhador, comemorado em 1º de maio, na noite desta quarta-feira (30).
“Vamos aprofundar o debate sobre a redução da jornada de trabalho no país”, afirmou.
Sem eventos públicos
Esta será a primeira vez neste mandato que o presidente não vai participar dos eventos em homenagem à data promovidos pelas centrais sindicais. Em vez disso, Lula decidiu fazer um pronunciamento oficial, às 20h.
Este é o segundo pronunciamento de Lula em alusão ao Dia do Trabalhador desde a posse, em 2023. No ano passado, uma fala semelhante foi feita pelo ministro do Trabalho, Luiz Marinho (PT).
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, foi questionada sobre a ausência do presidente nas festividades neste ano. Ela negou que a motivação seja a falta de articulação para levar um público considerável ao ato.
De acordo com Gleisi, o presidente não vai comparecer nas comemorações porque serão dois atos. Lula teria decidido que não tinha condição de ir aos dois encontros, e por fim, decidiu não ir a nenhum.
No ano passado, em um ato organizado pelas centrais sindicais em São Paulo, Lula criticou a convocação do ato e o baixo comparecimento do público.
“(Macêdo) é responsável pelo movimento social brasileiro. Não pensem que vai ficar assim. Ontem eu disse para o Márcio que o ato está mal convocado. Não fizemos o esforço necessário para levar a quantidade de gente que era preciso levar”, disse Lula durante discurso no ato de 2024.
Relação com trabalhadores
O presidente Lula e o pré-candidato a prefeito de SP Guilherme Boulos (PSOL) durante ato de 1° de Maio no estacionamento do estádio do Corinthians, em Itaquera
Roberto Casimiro/Fotoarena/Estadão Conteúdo
Nos últimos meses, o governo tem apostado em medidas para tentar se reaproximar da classe trabalhadora.
Entre as apostas estão o projeto para isentar do imposto de renda trabalhadores que recebem até R$ 5 mil, o uso da plataforma e-Social para facilitar a concessão de empréstimos consignados a trabalhadores do setor privado e a regulamentação do trabalho de motoristas e entregadores por aplicativos.
O projeto que dá a isenção do imposto de renda foi enviado ao Congresso Nacional, mas ainda não está na fase decisiva de apreciação pelos parlamentares.
Assim como a proposta de regulamentar a atuação de motoristas e entregadores de aplicativos, que não avançou entre deputados e senadores.
O empréstimo consignado para o setor privado, feito via Medida Provisória (MP), já está valendo e o Congresso Nacional tem o prazo de 120 dias desde a publicação no “Diário Oficial da União”.