Homem é preso em agência dos Correios ao despachar anabolizantes e remédios sem receita


Agentes da 21ª DP (Bonsucesso) começaram a monitorar Francisco no fim do ano passado, quando receberam uma informação dos Correios sobre as remessas. A Polícia Civil do RJ prendeu nesta quarta-feira (30) um homem apontado como chefe de uma quadrilha especializada em revender anabolizantes e medicamentos controlados sem receita médica. Estima-se que o grupo tenha lucrado mais de R$ 10 milhões em 1 ano.
Francisco José de Souza Ferreira Júnior foi detido dentro de uma agência dos Correios em São Cristóvão, na Zona Norte do Rio de Janeiro, enquanto despachava produtos.
As investigações começaram no fim do ano passado, quando agentes da 21ª DP (Bonsucesso) receberam uma denúncia dos Correios sobre os pacotes suspeitos. Francisco enviava os produtos a partir das agências dos Correios de São Cristóvão, Caju, Maracanã e Penha, realizando até 3 remessas diárias.
De acordo com a polícia, a quadrilha liderada por Francisco operava há pelo menos 1 ano, utilizando a comunidade do Guarabu, na Ilha do Governador, como entreposto para receber, armazenar e preparar os produtos para envio. Os anabolizantes vinham do Paraguai e do México.
Material apreendido com Francisco
Divulgação/PCERJ
Francisco José de Souza Ferreira Júnior vendia diversas substâncias:
enantato de testosterona (ajuda na reposição do hormônio);
decadurabolin (utilizado para aumentar a massa muscular e tratar osteoporose);
estanozolol (indicado para tratar enfraquecimento corporal e doenças crônicas);
lipostabil (utilizado ilegalmente para eliminar gordura localizada);
trembolona (usada para aumentar a massa muscular e força);
oximetolona (indicada para tratar anemia e outras alterações sanguíneas);
cloridrato de sibutramina (usado para tratar obesidade, aumentando a sensação de saciedade);
clonazepam (indicado para tratar crises epiléticas e transtornos de ansiedade);
cloridrato de metilfenidato (utilizado no tratamento do TDAH e narcolepsia).
Francisco vai responder pelos crimes de falsificação de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais e falsidade ideológica. As investigações continuam para identificar outros membros da quadrilha.
Adicionar aos favoritos o Link permanente.