Reconhecimento facial será utilizado em 60 cidades – Foto: Secom/Divulgação/ND
O governo de Santa Catarina anunciou nesta quinta-feira (1º) um investimento inicial de R$ 35 milhões para a implantação de um sistema de reconhecimento facial voltado à segurança pública. A proposta prevê a instalação de mil câmeras em 60 municípios com mais de 25 mil habitantes. A medida, segundo o governo, tem como objetivo ampliar a identificação de foragidos da Justiça, pessoas desaparecidas e até monitorar populações em situação de rua.
O projeto está sendo desenvolvido pela SSP (Secretaria de Estado da Segurança Pública), com base em um estudo de viabilidade técnica realizado durante o Carnaval deste ano em Florianópolis. Na ocasião, cinco pessoas com mandados de prisão em aberto foram detidas com o auxílio do reconhecimento facial. A expectativa do governo é lançar em breve uma licitação para aquisição e instalação dos equipamentos.
“As câmeras de reconhecimento facial já são uma realidade e agora estão integradas à inteligência artificial. Usamos como teste no Carnaval de Floripa e foi um sucesso. Agora estamos preparando uma grande licitação para espalhar esses equipamentos no Estado todo”, disse o governador Jorginho Mello (PL). “A gente quer usar em escolas também, para levar mais segurança aos alunos, pais e servidores.”
O sistema será integrado a uma base de dados da SSP que permitirá o cruzamento de informações com mandados de prisão ativos e registros do programa SOS Desaparecidos. Ao identificar uma pessoa com pendências judiciais, a tecnologia emite um alerta para a central de emergência, que aciona a viatura mais próxima para abordagem.
Reconhecimento facial terá diferentes usos
De acordo com o secretário de Segurança Pública, coronel Flávio Graff, o sistema também poderá ser utilizado para mapear pessoas em situação de rua. “A intenção é que as pessoas que têm algum tipo de dívida com a Justiça ou registro no SOS Desaparecidos sejam identificadas. Os dados serão cruzados com o banco de informações da Secretaria e, com isso, poderemos também mapear e acompanhar pessoas em situação de rua”, afirmou.
O governo catarinense afirma que o objetivo é reforçar o status do estado como o mais seguro do país, com base em indicadores recentes de criminalidade. A previsão é que a implementação do sistema ocorra gradualmente, à medida que os equipamentos forem adquiridos e instalados.