O ritual de Jair Bolsonaro desde que foi internado, demonstra uma estratégia de manter o elo com apoiadores. Seja uma maneira de manter fãs, eleitores e correligionários informados ou estratégia de marketing. A iniciativa tem gerado discussões políticas e jurídicos e sensibilizado seguidores.
A movimentação de Bolsonaro no hospital tem sido utilizada por apoiadores para expressar insatisfações, como no caso da intimação que Jair Bolsonaro recebeu, mesmo na UTI. Nesse fato juristas se debruçaram sobre interpretações.
Jair Bolsonaro durante intimação na UTI – Foto: Reprodução/ND
Nunca foi tão discutido o Art, 244 do CPP (Código de Processo Penal). O motivo é o texto veda intimação caso de estado grave de saúde, que se aplicaria a situação de Jair Bolsonaro.
No entanto, outra vertente, afirma que a intimação não poderia ser efetivada apenas se o citado, no caso Bolsonaro, estivesse em um quadro em que não tivesse consciência de atos.
Mas o judiciário entendeu que ao fazer uma live na internet, Jair Bolsonaro abria mão desse “benefício”. Diante disso, recebeu a visita da oficial de justiça que intimou o ex-presidente no interior do hospital.
Nesta quinta-feira (1º), o ex-presidente Jair Bolsonaro fez nova publicação onde confirma a alta da UTI (Unidade de Terapia Intensiva), no hospital DF Star. No texto, ele afirma que continua com acompanhamento pós-operatório.
Bolsonaro foi transferido para unidade de internação. Segundo o político, não sente dores, nem apresentou sinal de febre. As crises de soluço ainda são registradas. O ex-presidente também acalmou apoiadores em relação a pressão arterial, que de acordo com ele está controlada.
Jair Bolsonaro deixa UTI mas segue internado e sem expectativa de alta – Foto: Reprodução redes sociais/ND
Mesmo com a recuperação apresentando resultados, Jair Bolsonaro diz que continua com restrições a visitas externas. Também não tem expectativas de alta. Nesta semana, o ex-presidente publicou vídeos nos quais visita outros pacientes em alas diferentes.
Nos vídeos também é possível perceber que o político não tem dificuldades em caminhar. Cenário bem diferente do que era visto há pouco mais de uma semana, quando seguia com amparo de profissionais e um andador.
Motivo da internação de Jair Bolsonaro
O ex-presidente apresentou quadro com dores fortes, em 11 de abril quando cumpria agenda política, no Rio Grande do Norte. No dia seguinte foi internado. Na avaliação médica, o caso apontava obstrução intestinal.
No domingo (13) passou por uma cirurgia de cerca de 12 horas. Desde então seguia internado na UTI da unidade hospitalar. Na semana passada, apresentou pior, em especial com alteração na pressão arterial.