Moraes autoriza prisão domiciliar de Fernando Collor | Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil/Fotos Públicas
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), decidiu nesta quinta-feira (1º) que o ex-presidente Fernando Collor vai deixar a prisão e cumprir a pena em casa. Ele estava preso desde 25 de abril, acusado de corrupção e lavagem de dinheiro.
A decisão foi tomada após um pedido da defesa de Collor e um parecer da PGR (Procuradoria-Geral da República), que afirmaram que o ex-presidente tem problemas de saúde e não deveria continuar preso.
Segundo os advogados, Collor tem Parkinson, apneia do sono, transtorno bipolar e precisa tomar oito remédios diferentes. Por causa disso, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, avaliou que a prisão poderia piorar ainda mais a saúde dele.
“Concedo a prisão domiciliar humanitária a Fernando Collor de Mello (…), a ser cumprida, integralmente, em seu endereço residencial a ser indicado no momento de sua efetivação”, disse Alexandre de Moraes, ministro do STF.
“A manutenção do custodiado em prisão domiciliar é medida excepcional e proporcional à sua faixa etária e ao seu quadro de saúde, cuja gravidade foi devidamente comprovada”, disse Paulo Gonet, procurador-geral da República.
Presídio em que Collor estava dizia ter condições de tratar da saúde de Collor. A decisão favorável à prisão domiciliar de Fernando Collor foi dada mesmo após a alegação encaminhada pela direção do presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió (AL). No complexo, o ex-presidente vinha ocupando uma cela individual.
Liberada a prisão domiciliar de Fernando Collor: por que ele foi preso?
Fernando Collor foi condenado por envolvimento em um esquema de corrupção na BR Distribuidora entre 2010 e 2014, quando era senador. A Justiça entendeu que ele recebeu propina e participou de lavagem de dinheiro.
Agora, ele ficará em prisão domiciliar, ou seja, preso em casa, com endereço a ser informado à Justiça.