Fernanda Bonin: o que a polícia já descobriu sobre o caso da professora encontrada morta em SP

Professora encontrada morta em SP foi identificada como Fernanda Bonin – Foto: Redes sociais/Reprodução/ND
O caso da professora encontrada morta, Fernanda Reinecke Bonin, de 42 anos, ainda levanta várias linhas de investigação para a Polícia Civil de São Paulo.
Fernanda Bonin foi achada sem vida na segunda-feira (28), em um terreno baldio ermo e pouco iluminado na Avenida João Paulo da Silva, próximo ao Autódromo de Interlagos, na zona sul de São Paulo.

O caso é investigado pela Divisão de Homicídios do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). A Polícia Civil diz analisar imagens de câmeras de monitoramento, ouvir familiares e coletar mais materiais para esclarecer o episódio.
“As investigações seguem para apurar se o crime configura latrocínio, conforme registrado inicialmente, ou homicídio”, informa Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP-SP), em nota. Veja o que se sabe sobre o caso até agora.
O que aconteceu no dia do crime?
Segundo a investigação, Fernanda saiu de casa no último domingo para socorrer a esposa, que teve um problema mecânico com o carro na Avenida Jaguaré, zona oeste.
As duas estavam casadas havia oito anos, mas moravam em casas separadas desde o ano passado. A esposa levava os dois filhos do casal para a casa de Fernanda quando o carro parou. Ela pediu ajuda e enviou sua localização.
Fernanda Bonin, professora encontrada morta em SP, saindo do apartamento – Foto: Reprodução/RecordTV/ND
Imagens de câmeras de vigilância mostram Fernanda saindo do prédio sozinha, com o celular. Em seguida, ela deixa o prédio em uma SUV Hyundai Tucson para socorrer a companheira, que teria sido a última pessoa a ter contato com ela.
O depoimento da esposa
A esposa de Fernanda relatou à polícia que a professora não chegou ao local combinado. Cerca de meia hora depois, o carro da esposa voltou a funcionar e ela foi até o prédio de Fernanda para deixar as crianças, mas a professora não estava lá. No dia seguinte, a professora não foi trabalhar e a esposa comunicou o desaparecimento à polícia.
Onde o corpo foi encontrado?
Após denúncia anônima, policiais militares encontraram o corpo de Fernanda na segunda-feira (28), em um terreno na Avenida João Paulo da Silva, na Vila da Paz.
O local é descrito como ermo e pouco iluminado. Fernanda estava caída de costas, vestida com calça, blusa, meia e sandálias, aparentando um pijama. A polícia informou que o corpo apresentava sinais de estrangulamento, com um cadarço amarrado no pescoço.
Latrocínio ou homicídio?
O celular e o carro de Fernanda não foram encontrados, o que levou a polícia a suspeitar inicialmente de latrocínio. No entanto, o foco das apurações passou a incluir o homicídio.
Fernanda Bonin, professora encontrada morta em SP, tinha dois filhos – Foto: Reprodução/RecordTV/ND
A SSP-SP informou que a natureza da ocorrência pode ser revista e ajustada durante o inquérito, sem prejuízo à investigação.
Quem era Fernanda Bonin?
Fernanda era graduada em Matemática pela Universidade de São Paulo (USP) e especializada em necessidades especiais na educação pela Universidade MacEwan, do Canadá.
Ela lecionava na Beacon School, escola bilíngue de alto padrão. O colégio informou, em nota, que Fernanda marcou profundamente a vida de muitos estudantes e colegas com sua dedicação, gentileza e compromisso com a educação.
O corpo dela foi sepultado na quarta-feira (30), em um cemitério de Santo André, no ABC paulista.
Relação da professora encontrada morta com a esposa
Professora encontrada morta em SP tinha 42 anos – Foto: Redes sociais/Reprodução/ND
Segundo o boletim de ocorrência, Fernanda era casada havia oito anos com Fernanda Fazio, de 45 anos. Elas não moravam juntas há um ano, após idas e vindas no relacionamento. Elas frequentavam sessões de terapia de casal e buscavam a reconciliação. Juntas, elas tiveram dois filhos, que se revezavam nas casas das mães.
Investigações
A polícia ainda não informou ter localizado, identificado ou prendido algum suspeito do crime e não deu outros esclarecimentos sobre o caso. A pasta informou que as investigações seguem para apurar se o crime configura latrocínio ou homicídio, com a hipótese de que alguém planejou a morte da educadora, simulando um roubo.
A Divisão de Homicídios do DHPP analisa imagens de câmeras de monitoramento, realiza a oitiva de familiares e atua na coleta de elementos que auxiliem no esclarecimento dos fatos.
*Com informações do Estadão Conteúdo

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