Júri de julgamento de P. Diddy começa a ser formado desta segunda-feira (5) – Foto: Getty Images/Reprodução/ND
Sean Combs, mais conhecido como P. Diddy, de 54 anos, começou a ser julgado nesta segunda-feira (5), em Nova York, nos Estados Unidos, com a fase de seleção do júri.
O rapper, produtor e empresário responde a uma série de acusações federais que envolvem tráfico sexual, coação, distribuição de drogas e uso de armas de fogo.
O julgamento de P. Diddy é conduzido pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que afirma ter evidências de que ele liderava uma rede sofisticada de exploração sexual por mais de duas décadas.
Julgamento de P. Diddy envolve acusações de tráfico sexual, coação, drogas e uso de armas
Segundo os documentos apresentados pela Procuradoria, P. Diddy usava sua influência na indústria da música para atrair e recrutar mulheres jovens, muitas vezes menores de idade, sob a promessa de oportunidades profissionais.
Em vez disso, elas eram submetidas a abusos físicos e psicológicos, incluindo relações sexuais forçadas, filmagens sem consentimento e consumo forçado de substâncias ilegais. As denúncias relatam episódios de violência, ameaças com arma de fogo e pagamento em dinheiro para silenciar vítimas e testemunhas.
Procuradoria americana embasa julgamento de P. Diddy com investigação que imputa crimes como abusos sexuais e consumo forçado de substâncias ilegais – Foto: Reprodução/Internet
O governo afirma que o esquema era sustentado por uma estrutura de poder que incluía assistentes pessoais, membros da equipe de segurança e parceiros de negócios.
Os investigadores dizem ter reunido registros bancários, mensagens de texto, imagens de câmeras de vigilância e testemunhos que corroboram as acusações.
Durante uma das buscas realizadas em março deste ano, agentes apreenderam computadores, celulares e diversos documentos em propriedades do rapper em Los Angeles e Miami.
P. Diddy nega todas as acusações e rejeitou a possibilidade de um acordo judicial, o que significa que o caso será levado a julgamento completo.
Seus advogados alegam que ele é alvo de uma campanha de difamação motivada por interesses financeiros e que pretende provar sua inocência em todas as frentes.
Em nota recente, a defesa disse que “nenhum crime foi cometido” e classificou o julgamento de P. Diddy como “totalmente baseado em alegações falsas”.
Cantor também enfrenta ações civis de ex-parceiras e funcionários por abusos físicos, controle e silenciamento de vítimas
Além da investigação criminal em curso, ele enfrenta processos civis de ex-parceiras, ex-funcionários e pessoas ligadas ao seu círculo profissional.
Uma das acusações mais relevantes partiu de Cassandra Ventura, conhecida como Cassie, ex-namorada do rapper, que afirmou ter sido abusada e controlada por ele durante quase 10 anos.
Acusações de julgamento de P. Diddy dão conta de casos que supostamente ocorriam durante festas organizadas pelo rapper – Foto: Reprodução/Youtube
O processo, entretanto, foi encerrado após um acordo extrajudicial, mas serviu como um dos gatilhos para novas denúncias, sendo citado nos documentos federais como parte do histórico de condutas atribuídas a ele.
A seleção dos jurados deve seguir nos próximos dias. A promotoria pretende apresentar depoimentos de vítimas e testemunhas-chave, além de provas documentais que sustentem a acusação de que P. Diddy comandava uma organização criminosa com fins de exploração sexual. Se condenado, o artista pode ser sentenciado à prisão perpétua.
* Com informações do Estadão Conteúdo