Novo presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior – Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados
O novo presidente do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), Gilberto Waller Júnior, afirmou nesta segunda-feira (5) que ainda não há data definida para o ressarcimento dos beneficiários lesados por fraudes envolvendo associações, mas garantiu que o processo será direto e sem intermediários.
Segundo ele, qualquer contato oferecendo ajuda para devolução é golpe. “Será de maneira rápida, ágil e desburocrática”, disse o presidente, que assumiu a presidência do Instituto na semana passada após a demissão de Alessandro Stefanutto, que deixou o cargo depois da operação da PF (Polícia Federal) que revelou a fraude.
Waller informou ainda que os valores devolvidos virão do patrimônio das associações investigadas, já que, segundo ele, “não é justo ver pessoas andando de Porsche às custas de quem passa fome”, referindo-se aos bens de luxo apreendidos pela Polícia Federal. O INSS já pediu à Procuradoria o bloqueio desses bens.
O presidente também destacou que o número de beneficiários atingidos é menor do que os R$ 6,9 bilhões inicialmente estimados. “Estamos apurando, mas o valor deve chegar no máximo a R$ 5,9 bilhões”, afirmou. Ele acrescentou que cerca de 34 milhões dos mais de 40 milhões de beneficiários do Instituto não foram afetados.
Deputados querem que INSS responda por fraude contra aposentado – Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
Fraude no INSS
A fraude é alvo de investigação da Polícia Federal e da CGU, que deflagraram operação em 23 de abril, cumprindo 211 mandados judiciais e sequestrando bens avaliados em mais de R$ 1 bilhão. O esquema envolvia descontos não autorizados de mensalidades associativas em aposentadorias e pensões.
*Com informações do R7
