
Local fica em área de preservação integral e não permite entrada de visitantes. Imagens fazem parte do trabalho de monitoramento da fauna nativa do Cerrado. Jaguatirica é flagrada por câmeras no Jardim Botânico de Brasília.
Uma jaguatirica foi flagrada por câmeras de monitoramento da Estação Ecológica do Jardim Botânico de Brasília (JBB). O registro é considerado um indicativo importante da presença de espécies nativas do Cerrado na área de proteção integral onde não é permitida a entrada de visitantes (saiba mais abaixo).
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O vídeo é do dia 23 de abril, mas as imagens foram divulgadas apenas nesta semana. O monitoramento faz parte de um trabalho de acompanhamento da fauna, feito pela equipe técnica do Jardim Botânico.
De acordo com o estudo, entre 2020 e 2025 o animal apareceu 65 vezes nas câmeras de monitoramento instaladas na estação. Só neste ano, até a última triagem feita em 30 de abril, foram 13 flagrantes da espécie.
A jaguatirica, também conhecida como Leopardus pardalis, é um felino de médio porte nativo das Américas. É um animal solitário e territorial, com atividade tipicamente noturna. Carnívoro, ele se alimenta principalmente de mamíferos de pequeno porte, peixes, répteis, roedores e aves.
Especialista destaca qualidade ambiental
Para o gestor ambiental Pedro Martins, a presença de um animal como a jaguatirica é reflexo direto da boa conservação ambiental da região.
“A presença de um predador como a jaguatirica, o terceiro maior felino do Brasil, demonstra que o ambiente local provavelmente oferece os recursos e condições necessários para a sobrevivência de uma ampla gama de espécies, contribuindo para um ecossistema mais saudável e equilibrado”, diz o especialista.
De acordo com Martins, “resultados como esse ressaltam a importância de unidades de conservação como o Jardim Botânico de Brasília, que têm como intuito central a preservação da biodiversidade e a conscientização de seus visitantes”.
Curiosidade
Jaguatirica registrada por câmeras de monitoramento na Estação Ecológica do Jardim Botânico de Brasília (JBB).
JBB/Divulgação
O especialista também chama a atenção para a “pelanquinha” que aparece na barriga do felino e que muitas vezes gera curiosidade (veja imagem acima).
“Muitas pessoas ficam intrigadas, temendo que seja um sinal de doença ou obesidade. Na verdade, trata-se da ‘bolsa primordial’, uma região de pele e gordura que pode ajudar na proteção contra lesões, na flexibilidade e no armazenamento de gordura”, diz o gestor ambiental.
Local onde foi flagrada jaguatirica é fechado ao público
A Estação Ecológica do Jardim Botânico é uma área de preservação integral, o que significa que não está aberta à visitação pública. Segundo o JBB, a medida visa garantir tranquilidade e segurança para a fauna e flora nativas, evitando interferências humanas em ambientes naturais.
Além disso, o Jardim Botânico de Brasília fecha todos os dias às 17h. O horário foi definido para respeitar o ritmo da natureza e evitar possíveis conflitos entre visitantes e animais silvestres, que circulam com mais frequência após o anoitecer.
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