
A escolha do novo papa ocorreu nesta quinta-feira (8), no mesmo dia em que a Igreja Católica celebra a Súplica de Nossa Senhora do Rosário de Pompéia. A data, marcada anualmente em 8 de maio e no primeiro domingo de outubro, é acompanhada por orações coletivas, missas e recitação do terço.
O conclave que definiu o sucessor de Francisco teve início na quarta-feira (7). Participaram 133 cardeais com direito a voto, sendo necessária a obtenção de, no mínimo, dois terços dos votos — o equivalente a 89 — para que o nome de um novo pontífice seja confirmado.
O Vaticano mantém o processo sob sigilo, e os detalhes da votação não são divulgados. A identidade do novo papa ainda não havia sido anunciada até a publicação desta reportagem.
A coincidência da escolha papal com o Dia da Súplica de Pompéia chamou atenção pela relação com a devoção mariana iniciada no final do século XIX.
A súplica foi escrita em 1883 por Bartolo Longo, advogado italiano que se converteu ao catolicismo e idealizou a construção do Santuário de Nossa Senhora do Rosário de Pompéia, situado na cidade homônima, próxima às ruínas da antiga Pompéia romana.
A oração, segundo registros do Vaticano, é rezada coletivamente por fiéis em todo o mundo, com trechos que invocam a intercessão da Virgem Maria em situações adversas.
“Rainha do Santo Rosário de Pompéia, a vós recorremos em nossas aflições”, diz uma das passagens da súplica tradicional, recitada durante as cerimônias realizadas nesta quinta.
As celebrações do dia incluem, além da oração, procissões e atos litúrgicos realizados em diversas paróquias. A devoção é considerada entre as mais difundidas da tradição mariana, com registros de presença em países da Europa, América Latina e Ásia.
A renúncia ao sigilo quanto ao nome do novo papa deverá ser feita nas próximas horas, por meio do anúncio público tradicional na Praça São Pedro. Até o momento, nenhuma informação oficial foi divulgada pela Santa Sé.