Dólar fecha abaixo de R$ 5,70 no dia em que papa norte-americano é eleito; confira a cotação

Valor do dólar fechou o dia em queda nesta quinta-feira (8), com aumento na taxa Selic e conversas entre EUA e União Europeia – Foto: Deny Campos/Arte/ND
O valor do dólar fechou o dia em queda nesta quinta-feira (8), conforme o Banco Central do Brasil. Pela manhã, a moeda norte-americana estava custando R$ 5,69. Na quarta-feira (8), o fechamento ficou em R$ 5,74.
No dia em que o conclave elegeu o papa norte-americano, Robert Prevost – o papa Leão XIV – o dólar encerrou a quinta-feira em queda acentuada, rompendo uma sequência de três dias de valorização.

A moeda foi pressionada pelo avanço nas negociações comerciais globais, especialmente após o anúncio de um acordo iminente entre Estados Unidos e Reino Unido, além da perspectiva de diálogo entre Washington e Pequim neste fim de semana na Suíça.
Às 17h08 (horário de Brasília) desta quinta-feira (8), o dólar à vista operava em baixa de 1,44%, cotado a R$ 5,6620 na compra e na venda. Na B3 (Bolsa de Valores brasileira), o dólar para junho, atualmente mais líquido, caía 1,31% a R$ 5,6955.
Confira o valor do dólar hoje
Dólar comercial
Usado em negociações internacionais e operações financeiras.

Compra: R$ 5,662
Venda: R$ 5662

Dólar turismo
Voltado para viagens e compras no exterior, sua cotação inclui impostos e taxas.

Compra: R$ 5,739
Venda: R$ 5,919

O que fez o dólar cair?
O presidente Donald Trump classificou o acordo com os britânicos como “abrangente”, reforçando a confiança dos investidores em um cenário de menor tensão tarifária. Paralelamente, o dólar sentiu o impacto do fluxo de capital estrangeiro para a bolsa brasileira, atraído pelos juros elevados após o Copom elevar a Selic para 14,75%.
O movimento do dólar nesta sessão também respondeu aos rumos da política monetária global. Enquanto o Federal Reserve manteve as taxas inalteradas, sinalizando preocupação com os efeitos das tarifas na economia americana, o Banco Central do Brasil adotou tom mais restritivo, indicando que manterá os juros altos por um período prolongado.
Analistas destacam que o diferencial de juros entre Brasil e economias desenvolvidas continua favorecendo o real. “O posicionamento do Copom sustenta o atrativo para investimentos estrangeiros, criando um ambiente de pressão baixista para o dólar”, explicou Leonel Mattos, da StoneX.
Com o otimismo comercial ganhando força, o valor do dólar pode enfrentar resistência para recuperar os patamares recentes nos próximos dias.

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