Nathalia Garnica pode ter sido envenenada como a professora de pilates Larissa Rodrigues – Foto: Divulgação/ND
A Polícia Civil vai pedir a exumação do corpo da irmã de Luiz Antônio Garnica, médico suspeito de assassinar a esposa em Ribeirão Preto, São Paulo. Ele e a mãe, Elizabete Arrabaça, foram presos na terça-feira (6) pela morte da professora envenenada.
Os dois óbitos ocorreram com cerca de um mês de diferença. A esposa Larissa Talle Leôncio Rodrigues, de 37 anos, foi encontrada morta dentro de casa no dia 22 de março. Já a irmã, Nathalia Garnica, morreu aos 42 anos em fevereiro.
As semelhanças entre os casos intrigaram os investigadores. A mãe do médico esteve na cena do crime nas duas ocasiões, e ele realizou massagem cardíaca em ambas as vítimas.
“A diferença de tempo entre a morte de uma e da outra é pouco mais de um mês. Era uma menina nova também. A Elizabete encontrou a filha, e o Luiz foi para lá e fez massagem cardíaca na irmã. As circunstâncias foram bem semelhantes”, destaca o delegado Fernando Bravo.
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Marido e sogra de Larissa foram presos na terça-feira (6) por suspeita de matar a professora envenenada – Divulgação/ND
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O médico ortopedista encontrou o corpo ao voltar da casa da amante – Reprodução/Redes sociais/ND
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Professora envenenada com chumbinho teria pedido o divórcio após encontrar objetos sexuais no carro do esposo – Reprodução/Redes sociais/ND
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Amante do médico também é investigada e teve celular apreendido – Reprodução/Redes sociais/ND
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Vítima pode ter sido envenenada gradualmente pela sogra, que a alimentou com sopas – Reprodução/Cidade Alerta/ND
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Mãe de Luiz ligou para uma amiga perguntando se ela tinha chumbinho em casa – Reprodução/Redes sociais/ND
A causa da morte de Nathalia Garnica foi apontada inicialmente como infarto. A polícia pretende, porém, realizar exames para verificar as semelhanças com a professora envenenada. Um inquérito policial pode ser aberto sobre o caso da irmã.
O que se sabe sobre professora envenenada com chumbinho após descobrir traição
O laudo toxicológico revelou que a esposa de Luiz morreu envenenada com chumbinho. Elizabete Arrabaça teria telefonado a uma amiga pedindo ajuda para encontrar o veneno. Ela ainda teria preparado sopa para a nora, que sofreu com diarreias e vômitos ao longo da semana.
“Nós conseguimos encontrar uma testemunha que relatou que a sogra estava procurando o chumbinho para comprar, aproximadamente 15 dias antes da morte, então isso nos trouxe uma segurança que ela juntamente com o filho mataram a Larissa”, conclui o delegado Fernando Bravo.
Larissa e Luiz estavam juntos há 18 anos e amigos da professora envenenada relatam que o casamento ia mal – Foto: Reprodução/Redes sociais/ND
Segundo testemunhas, a professora envenenada havia descoberto a traição do marido recentemente. Luiz Antônio Garnica se relacionava há um ano e meio com uma estudante de 26 anos. Larissa teria pedido o divórcio, mas ele não concordou.
O médico encontrou a mulher caída no banheiro do apartamento onde moravam, na manhã de 22 de março, ao deixar a casa da amante. A guarda civil metropolitana acionada por volta das 10h40.
O marido tentou reanimá-la até a chegada da equipe do Samu, que constatou o óbito. A rigidez do corpo e o cheio forte de limpeza no apartamento chamaram atenção dos socorristas.
“A participação dele ficou bem evidente para nós pela forma que ele encontrou a Larissa. Ela já estava com rigidez cadavérica e ele tentava limpar o apartamento como se fosse tentar desfazer as provas para a perícia técnica não detectar uma prova contra ele”, diz o delegado.
Marido de professora envenenada pode ter marcado encontro com a amante como álibi para a noite do crime – Foto: Reprodução/Cidade Alerta/ND
O laudo do IML (Instituto Médico Legal), realizado às 17h45 do mesmo dia, revelou que a professora envenenada com chumbinho estava morta havia 12 horas do início do exame. A sogra Elizabete Arrabaça foi a última pessoa a ver Larissa com vida, na noite anterior à morte.
A amante de Luiz Antônio Garnica não foi presa, mas também é investigada pela Polícia Civil e teve o celular apreendido. A suspeita é de que o encontro dos dois no cinema seria um álibi para a noite do crime.
Ao ND Mais, o advogado Júlio Mossin, que representa o médico, afirmou que não dará entrevista por ora porque não teve acesso aos autos. “Mas adianto que o Luiz não matou a esposa e nem concorreu para tanto, sendo sua prisão ilegal”, declarou.
A reportagem também tentou contato com a defesa de Elizabete Arrabaça, mas não obteve resposta até a última atualização. O espaço segue aberto.