O que ainda não foi desvendado sobre a morte de professora em SP

O que ainda não foi desvendado sobre a morte de professora em SP – Foto: Reprodução/ND
A Polícia Civil de São Paulo ainda tem dúvidas a esclarecer sobre a morte da professora Fernanda Bonin, encontrada sem vida no dia 28 de abril, em um terreno baldio na Vila da Paz, zona sul da capital. A vítima tinha um cadarço enrolado no pescoço, indicando sinais de estrangulamento.
Na tarde de sexta-feira (9), durante uma entrevista coletiva no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), os investigadores revelaram os pontos que continuam em aberto no caso.
Morte de professora em SP: quem são os suspeitos?
Cinco pessoas estão envolvidas no crime, segundo a polícia. Duas delas já foram presas:

João Paulo Bourquim, que aparece em imagens de câmeras de segurança abandonando o carro da vítima.
Fernanda Fazio, ex-companheira de Fernanda Bonin, apontada como a mandante do crime.

Outros dois suspeitos, Rosenberg Joaquim de Santana (conhecido como “Bergui”) e Ivo Rezende dos Santos, estão foragidos. A polícia já emitiu mandados de prisão preventiva contra eles.
O que ainda não foi desvendado sobre a morte de professora em SP – Foto: Reprodução/ND
Há ainda uma quinta pessoa envolvida: uma mulher não identificada, que aparece ao lado de João Paulo nas imagens em que o carro da professora é abandonado. A polícia ainda está investigando quem ela é e qual foi sua participação no crime.
Qual foi a motivação da morte de professora em SP?
A principal dúvida dos investigadores é sobre o motivo do assassinato. Duas hipóteses estão sendo consideradas:

Ciúmes e não aceitação do fim do relacionamento: a polícia acredita que Fernanda Fazio não aceitava o término com a ex-companheira e isso pode ter motivado o crime. Essa é, por enquanto, a linha mais forte de investigação.
Interesse financeiro: outra possibilidade é que o crime tenha sido motivado por um seguro de vida de Fernanda Bonin, avaliado entre R$ 400 mil e R$ 500 mil. Fazio, que é veterinária, teria problemas financeiros em sua clínica. No entanto, a defesa da mandante afirma que essa teoria não faz sentido, já que os filhos do casal, que estavam sob os cuidados da vítima, seriam os beneficiários do seguro.

Morte de professora em SP: como o crime foi planejado?
Segundo a polícia, Fazio teria usado um pedido de ajuda com o carro, dizendo que estava com problemas na marcha, para atrair a vítima ao local do assassinato. A investigação também aponta que Fazio assistiu ao crime, ou seja, viu Fernanda Bonin ser morta.
Rosenberg, o foragido, teria sido o responsável por organizar a execução. Ele era próximo de Fazio e, segundo o delegado Artur Dian, atuava como uma espécie de “faz-tudo” para ela desde que a mulher se separou da professora.
Ainda não se sabe com certeza quando o assassinato foi planejado, nem se houve pagamento pelo serviço. A polícia busca provas que confirmem essas informações e ainda não sabe o valor que pode ter sido oferecido pelo crime.
Como o caso foi classificado?
Como a principal hipótese é de que o crime foi motivado pelo fim do relacionamento e envolveu violência contra a mulher, o caso foi classificado como feminicídio.
Morte de professora em SP: como foi a emboscada
Na noite de domingo, 27 de abril, Fernanda Fazio, ex-companheira da vítima e principal suspeita de mandar matar a professora, estava com as filhas do casal. Ela deveria devolver as crianças a Fernanda Bonin, que tinha a guarda das meninas.
Em vez disso, Fazio enviou uma mensagem pedindo ajuda, dizendo que o carro havia apresentado problemas na marcha. Ela passou sua localização, numa esquina das avenidas Jaguaré e Torres de Oliveira, na zona oeste de São Paulo.
Câmeras de segurança registraram Bonin saindo de casa, no Jaguaré, dirigindo até o local. Segundo a polícia, três homens suspeitos — entre eles João Paulo Bourquim e Rosenberg Joaquim de Santana (o “Bergui”) — já estavam lá, levados por um motorista ainda não identificado.
Segundo a polícia, quando a professora chegou, foi atacada com uma faca pelos criminosos. Depois disso, o corpo foi colocado no próprio carro dela e levado do local. A mandante, Fernanda Fazio, estava presente no momento do crime. A polícia também investiga imagens que mostram que pelo menos um dos filhos do casal estava no carro da suspeita durante a ação.
Para tentar construir um álibi, Fazio foi até o apartamento da vítima depois do assassinato e disse que não conseguiu entregar as crianças porque a ex não estava em casa. No dia seguinte, quando a professora não apareceu no trabalho, ela mesma acionou a Polícia Militar e voltou ao prédio, onde assistiu às imagens da câmera de segurança mostrando Bonin saindo de carro por volta das 18h52.
*Com informações de R7.

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