Conheça a história e os desafios para retirar navio Pallas, o ‘Titanic de SC’ – Foto: Divulgação
Submerso há mais de 130 anos nas águas do rio Itajaí-Açu, o navio Pallas, apelidado de “Titanic de Santa Catarina”, está prestes a ter um novo destino após décadas esquecido sob o leito do canal.
Considerado hoje um obstáculo estratégico ao desenvolvimento portuário da região, o antigo cargueiro do século XIX é alvo de um projeto que visa sua remoção, envolvendo órgãos federais, trabalhadores do setor portuário e especialistas em engenharia naval.
Entenda história de navio Pallas, o Titanic de SC
O Pallas é um navio inglês de 67 metros que naufragou em 1893 durante uma operação de transporte de cargas frigorificadas. O transporte foi redescoberto apenas em 2018.
Desde então, tornou-se uma “pedra no sapato” para a expansão do Porto de Itajaí. Localizado próximo ao Saco da Fazenda, em Itajaí, em uma área de manobra crítica, o casco partido ao meio representa risco à entrada de grandes embarcações.
Enquanto os portos modernos sendo adaptados para receber navios de até 366 metros, padrão de escala global, a presença do Titanic de SC acaba limitando a capacidade operacional do complexo portuário, comprometendo a competitividade da região no comércio internacional.
Entenda história de navio Pallas, o Titanic de SC – Foto: Divulgação
Movimentações políticas e técnicas para remoção
O superintendente do Porto de Itajaí, João Paulo Tavares Bastos, liderou a primeira reunião o município para planejar a remoção do navio após uma visita recente ao Ministério de Portos e Aeroportos, em Brasília.
Bastos apresentou ao governo federal os planos de ação e reforçou a necessidade de apoio para custear os estudos técnicos e a execução da operação, orçada inicialmente em R$ 400 mil.
Na reunião em Itajaí, uma comissão específica foi criada para acompanhar cada etapa do processo. Participaram da ação entidades como a Marinha do Brasil, o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), a Polícia Federal, sindicatos portuários e a Autoridade Portuária de Santos.
Navio submerso foi um dos temas tratados durante reunião em Brasília – Foto: SPI/Divulgação
Impacto econômico do Titanic de SC no Porto de Itajaí
Para o superintendente, a retirada do Pallas é apenas o início de uma reestruturação mais ampla. A operação se integra a um planejamento estratégico que inclui o alargamento do canal de acesso, a construção de uma nova bacia de evolução e a revitalização da infraestrutura portuária.
“Navios de 365 metros já navegam pela costa oeste da América do Sul, e precisamos integrar o Porto de Itajaí a essa movimentação”, afirmou.
Reunião em Itajaí abordou retirada de ‘Titanic de SC’ do rio Itajaí-Açu – Foto: SPI/Divulgação
