
Em comunicado emitido nesta segunda-feira (12), o Departamento de Estado dos EUA aponta ‘alto risco de detenção injusta, tortura, terrorismo’ e outros crimes, além de infraestrutura de saúde precária. Os Estados Unidos orientaram seus cidadãos a não viajar para a Venezuela em um comunicado republicado nesta segunda-feira (12).
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No documento, o Departamento de Estado dos EUA aponta que há “perigo extremo para cidadãos americanos que vivem ou viajam para a Venezuela” e ainda orienta os americanos que vivem no país a deixá-lo imediatamente.
“Não viaje nem permaneça na Venezuela devido ao alto risco de detenção injusta, tortura em detenção, terrorismo, sequestro, aplicação arbitrária das leis locais, criminalidade, agitação civil e infraestrutura de saúde precária. Todos os cidadãos americanos e residentes permanentes legais na Venezuela são fortemente aconselhados a partir imediatamente”, afirma o texto.
Operação dos EUA ajudou opositores de Maduro
Bandeira do Brasil hasteada na Embaixada da Argentina na Venezuela
HENRY CHIRINOS/EPA-EFE/REX/Shutterstock
Há uma semana, o secretário de Estado do governo Trump, Marco Rubio, divulgou que um grupo de opositores venezuelanos que estavam abrigados na embaixada da Argentina em Caracas foram resgatados e levados aos EUA em uma operação que teve a participação do governo americano.
“Os EUA comemoram o resgate bem-sucedido de todos os reféns mantidos pelo regime de Maduro na Embaixada Argentina em Caracas. Após uma operação precisa, todos os reféns estão agora em segurança em solo americano. O regime ilegítimo de Maduro minou as instituições venezuelanas, violou os direitos humanos e colocou em risco nossa segurança regional. Agradecemos a todo o pessoal envolvido nesta operação e aos nossos parceiros que ajudaram a garantir a libertação segura desses heróis venezuelanos”, disse Rubio, em sua conta na rede social X.
O local está sob custódia do Brasil, e o Itamaraty confirmou à TV Globo que os opositores foram retirados do local.
O grupo fazia parte da equipe da líder opositora María Corina Machado, impedida de concorrer à Presidência em 2024.
“Magalli Meda, Pedro Urruchurtu, Claudia Macero, Humberto Villalobos e Omar González conseguiram deixar a Venezuela após 412 dias de asilo na embaixada argentina, onde buscaram refúgio depois que o procurador-geral do regime, Tarek William Saab, anunciou mandados de prisão contra eles em 20 de março de 2024”, informou o grupo de oposição ao presidente Nicolás Maduro.
O presidente da Argentina, Javier Milei, comemorou a operação, que chamou de extração — indicando que foi feita à revelia do regime de Maduro.
Grupo de venezuelanos é resgatado em operação secreta e levado para os EUA