Jovem tentou desistir, mas teria sido ameaçada, afirmou a tia. Jovem de 19 anos saiu de Belém em dezembro e foi para Florianópolis, de onde embarcou para Bali, onde foi presa no início do ano. Paraense presa na Indonésia será ouvida na terça
A família da paraense Manuela Vitória de Araújo Farias, presa em janeiro por tráfico de drogas na Indonésia, está vivendo um pesadelo com a prisão e a possibilidade de pena de morte, segundo Luiza Araújo, tia da jovem de 19 anos detida no aeroporto de Bali com cerca de 3 quilos de cocaína.
“Parece um pesadelo! Parece que está vivendo um pesadelo e o pior de tudo, é não saber quando vai terminar e nem como”, afirmou a tia.
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Manuela será interrogada pela justiça do país asiático na terça(2). Seu julgamento teve início em abril, dois meses após ser indiciada por tráfico. Além da pena de morte, quem for flagrado com drogas na Indonésia pode ser sentenciado a vários anos de prisão ou detenção perpétua, segundo o Ministério das Relações Exteriores, que acompanha o caso.
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A defesa da jovem diz que ela foi usada como ‘mula’ para levar a droga ao país, além de ter sido enganada por uma organização criminosa de Santa Catarina, que teria prometido férias e aulas de surfe. Segundo a tia, Manuela tentou desistir e teria sido ameaçada.
“O que nós soubemos é que a Manu foi sozinha, que ela tentou desistir, mas foi ameaçada por essa facção criminosa de Santa Catarina, inclusive, toda a família”, diz.
O sonho da jovem de 19 anos era passar o réveillon na Indonésia, ainda segundo a tia que mora na regiçao metropolitana de Belém. “Todo mundo tem um sonho. Infelizmente, isso atraiu ela da pior forma possível”.
Manuela Vitória, de 19 anos, foi presa na Indonésia
Redes Sociais/ Reprodução
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Manuela tem residência em Santa Catarina, estado onde vivia a mãe, e também em Belém onde o pai mora. Ela saiu do Pará com destino à capital catarinense em 19 de dezembro. Dias depois, embarcou sozinha para a Indonésia, onde foi presa.
No fim de janeiro, foi indiciada e está detida em um presídio feminino em Bali.
O advogado Davi Lira da Silva, que acompanha o caso dela no Brasil, afirmou que está confiante que Manuela consiga uma pena menor, como prisão por alguns anos, por exemplo. Na Indonésia, Manuela também tem apoio de um advogado e tradutor.
“Acho muito difícil a Manuela escapar sem uma punição, mas uma pena que escape da prisão perpétua, uma pena que escape da pena de morte”, detalhou Davi.
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