Padre Fábio de Melo falou sobre a polêmica em suas redes sociais – Foto: Reprodução/ND
“Estou sendo exposto em todo o país”, afirma Jair José Aguiar da Rosa, ex-gerente da cafeteria envolvida na polêmica com padre Fábio de Melo. Segundo o funcionário, ele não teve contato direto com o padre e soube do seu desligamento através das redes sociais. Além disso, ele afirma que tem recebido ofensas e não tem conseguido sair na rua.
O caso ocorreu quando, durante a ida do padre Fábio de Melo a uma loja da rede Havanna em Joinville. O religioso teria pego dois potes de doce de leite sem açúcar com o preço marcado na prateleira. No caixa, porém, o valor cobrado era superior.
Entenda a polêmica que envolveu o padre Fábio de Melo
Em visita a Joinville (SC) para participar de um show, o padre Fábio de Melo usou as redes sociais para relatar um episódio de constrangimento em uma loja da rede argentina de cafeterias Havanna na cidade.
O religioso afirmou ter sido tratado com prepotência por um gerente após questionar a divergência de preços em potes de doce de leite.
“Existe uma lei do direito do consumidor que prevalece em todo território nacional”, afirmou em um vídeo nas redes sociais.
Segundo o relato do padre ele haveria dito “educadamente” que a soma estava errada. “A funcionária foi verificar e confirmou que havia um erro”, contou. “O gerente já se adiantou em ser extremamente deselegante, dizendo: ‘O preço está errado e, se quiser levar, o preço certo é este’”, relatou o padre.
Gerente se manifesta: “jamais desrespeitei o padre”
Jair José Aguiar da Rosa, estudante de Direito e até então gerente da unidade, se manifestou sobre o ocorrido. Segundo Jair, ele teria descoberto sobre a demissão através das redes sociais.
“O mais doloroso é que descobri pelas redes sociais que seria desligado da empresa — sem qualquer conversa ou possibilidade de esclarecimento prévio por parte da Havanna”, relata. “Ser demitido já é doloroso. Ser demitido e descobrir pela internet, em rede nacional, é desumano.”
Conforme o funcionário, no sábado (10) ele estaria exercendo suas funções normalmente, auxiliando a equipe e organizando o ambiente da loja. “Como sempre fiz, com muito empenho. A loja estava extremamente movimentada, por ser véspera do Dia das Mães”, escreveu.
Ele ainda afirma que não se dirigiu diretamente ao padre. “Saliento que, em nenhum momento, me dirigi diretamente ao padre Fábio de Melo ou a qualquer pessoa de sua equipe. Toda a situação envolvendo o preço foi tratada por outra colaboradora da loja”, alega.
Horas depois, segundo Jair, ele foi surpreendido por uma mensagem no grupo de gestão da Havanna, sobre uma publicação nas redes sociais do padre Fábio de Melo. Para Jair, a versão do padre é distorcida e unilateral, “sugerindo que eu teria agido com desrespeito, o que nunca aconteceu”, afirma.
Conforme ele, “quem tentou fazer a compra e interagiu com a funcionária foi uma pessoa que estava com o padre. Em nenhum momento ele ou qualquer membro de sua equipe interpelou diretamente comigo.”
Ainda segundo Jair, há imagens da câmara de segurança da loja que comprovariam a conduta dele.
Abalo emocional
Em nota, o gerente afirma que a exposição tem causado abalos emocionais e tem ferido sua dignidade. “Além da injustiça profissional, estou vivendo um abalo emocional profundo. Tenho recebido críticas, ofensas, e estou sendo exposto em todo o país — sem direito de defesa. Não consigo sair na rua. Não consigo dormir. Estou desempregado e sendo massacrado sem motivo”, lamenta.
Ele também declara que foi injustamente exposto “ao ser citado como “o gerente da loja Havanna de um shopping em Joinville” — sendo que há apenas uma unidade da loja e apenas um gerente na cidade.”
Jair ainda pede por retratação pública e que sua dignidade seja respeitada. “Não quero fama. Não quero polêmica. Quero justiça. A verdade importa. E a verdade é que eu jamais desrespeitei o padre Fábio de Melo ou qualquer pessoa de sua equipe — e tenho como comprovar isso”, afirma.
A reportagem do Portal ND Mais entrou em contato com a Havanna e até o momento da publicação dessa matéria ainda não obteve retorno. O espaço segue aberto.