‘Fábrica de árvores’ no interior de SP tem meta de restaurar 1 milhão de hectares em 15 anos; conheça


Empresa de Piracicaba (SP) reúne cientistas, técnicos e empresários na produção em escala de sementes e mudas. ‘A árvore é nossa maior tecnologia hoje’, diz gerente. Uma empresa no interior de São Paulo aposta na “produção” de árvores como maneira de restaurar áreas degradadas e, consequentemente, ajudar a reverter os impactos das mudanças climáticas.
O local, que fica em Piracicaba (SP), reúne cientistas, técnicos e empresários para pôr em funcionamento uma indústria com produção e desenvolvimento em escala de sementes e mudas.
Siga o canal g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp
Fernanda Guimarães, gerente de produção da empresa, destacou a importância de compreendermos que a árvore é nossa maior aliada contra o aquecimento global.
“A árvore é nossa maior tecnologia hoje para tirar carbono do ambiente. Quando você começa a ver isso como essa tecnologia, com o potencial que ela tem de absorver esse carbono do ambiente, você vai estimulando a produção maior. Quanto mais floresta a gente tiver, mais captura a gente vai ter e menos aquecimento global”, diz.
Esta reportagem integra a série “Do Fogo ao Verde”, da EPTV, afiliada da TV Globo, que trata das mudanças climáticas, dos efeitos das queimadas que vivemos com mais intensidade nos últimos anos e das medidas que podemos adotar para reverter o cenário.
Empresa de Piracicaba (SP) põe em prática a produção e desenvolvimento de mudas
Reprodução/EPTV
Meta ousada
A meta da empresa para os próximos 15 anos é de restaurar 1 milhão de hectares (cada hectare equivale a 10 mil metros quadrados), uma área equivalente ao território da Jamaica.
Para que esse objetivo seja atingido, no entanto, os responsáveis calculam uma produção com ao menos 100 milhões de mudas. E essas mudas podem ser conseguidas de duas maneiras: ou em locais que as cultivam, como em viveiros, ou em meio à própria natureza.
Dessa maneira, a empresa também usa sementes coletadas por parceiros de vários estados. O sistema, além de alimentar o processo de produzir árvores, gera renda para os coletores.
“Isso é muito legal, porque é uma fonte de renda para as comunidades, então a restauração vai movimentando essa parte social, mas também de a gente ter uma genética local da espécie que a gente quer colocar no nosso reflorestamento”, pontua Fernanda.
Copernicus aponta que ano de 2024 foi o mais quente da história e o primeiro a ultrapassar a marca de 1,5°C de aumento na temperatura média da Terra
Reprodução/EPTV
Mudanças climáticas
O ano de 2024 foi o mais quente da história e o primeiro a ultrapassar a marca de 1,5°C de aumento na temperatura média da Terra em relação aos níveis pré-industriais, segundo o centro europeu Copernicus.
O dado liga um alerta para as condições das geleiras. Em um cenário hipotético, caso todas elas derretessem, por exemplo, o nível dos oceanos subiria 70 metros, o que faria com que todas as cidades costeiras desaparecessem.
Além disso, o ar ficaria envenenado com gás carbônico, as espécies sofreriam extinção em massa, choveria nos desertos, e as áreas verdes secariam.
Diante desses riscos, Pedro Brancalion, professor de Ciências Florestais da Esalq/USP, reforça a urgência e a seriedade com que o tema precisa ser tratado.
“As mudanças climáticas, por mais que nós tentemos diminuir o impacto dessas mudanças, elas já ocorreram e estão ocorrendo”, afirma.
Veja quais medidas podem ser adotadas por pessoas e empresas contra o aquecimento global:
Reduzir o consumo de energia;
Queimar menos combustíveis – os transportes são responsáveis por quase um terço das emissões globais de gases do efeito estufa;
Usar transporte coletivo e de bicicleta;
Comprar menos plástico.
Comprar menos plástico é uma das medidas para serem adotadas contra o aquecimento global
Reprodução/EPTV
Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca
VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto e região
Adicionar aos favoritos o Link permanente.