Secretário diz que crime organizado na Favela do Moinho impedia famílias de se mudaram

Coletiva com ministro Jader Filho e secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação de São Paulo, Marcelo Branco, teve fala sobre crime organizado na Favela do Moinho – Foto: Newton Menezes/Governo SP/ND
O secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação de São Paulo, Marcelo Branco, denunciou que o crime organizado na Favela do Moinho, na capital, estava impedindo a saída das famílias que queriam se mudar. A denúncia ocorreu durante a coletiva em que governo federal e estadual anunciaram acordo para desocupação do local.

As duas partes vão subsidiar as novas moradias para as famílias que deixarem a favela. Depois de desocupada, a área, que é federal, vai passar para o estado e se tornar um parque. Os novos imóveis serão limitados a R$ 250 mil, com R$ 180 mil do Minha Casa Minha Vida e R$ 70 mil do Casa Paulista.
Crime organizado na Favela do Moinho
Branco falou sobre o crime organizado na Favela do Moinho ao justificar a presença da Tropa de Choque, com controle sobre quem entra e sai do local, e ações policiais. A região lida desde segunda-feira (12) com protestos contra a presença policial.
“A operação que fizemos na Favela do Moinho foi de dar o direito das pessoas que querem sair de lá, e manifestaram esse interesse por escrito à CDHU [Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado]. E nós tivemos, a partir de segunda-feira, pessoas lá de dentro do crime organizado que estavam proibindo as pessoas de se mudarem da favela”, afirmou o secretário. “Foi por isso que a polícia entrou, para dar garantia a essas pessoas”, completou.
Favela do Moinho é a última da região central de São Paulo e fica entre linhas de trem – Foto: Divulgação/Governo de SP
Questionado sobre os próximos passos, Branco disse que espera mais tranquilidade até o fim da desocupação. “Agora, nós imaginamos que cada vez menos vamos ter esse crime organizado na Favela do Moinho impedindo as pessoas e, portanto, vamos poder fazer isso [a mudança] de uma forma mais tranquila.”
O ministro das Cidades, Jader Filho, afirmou que o acordo entre governo federal e de São Paulo está atrelado a garantia de que não vai haver violência policial contra as famílias durante a mudança, colocando isso como “ponto central”.
A favela do Moinho é a última da região central e fica embaixo do viaduto Engenheiro Orlando Murgel e entre os trilhos das linhas 7-Rubi e 8-Diamante de trem. O local foi chamado de insalubre pelos presentes na coletiva.

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