Bronquiolite: médico do Alto Tietê explica os sintomas e prevenção


Doença respiratória é comum durante os meses de outono e inverno e afeta principalmente crianças de até 2 anos. Ela é causada por um vírus que ataca os tubos dos pulmões por onde o ar passa. Principal forma de prevenção é evitar o contágio pelo micro-organismo. Especialista orienta sobre os sintomas e tratamentos da bronquiolite
Com a chegada do outono e do inverno começa o aumento de doenças respiratórias nas crianças. Uma das mais comuns nessa época do ano é a bronquiolite. Ela é uma doença respiratória causada por um vírus que ataca os tubos dos pulmões por onde o ar passa.
A bronquiolite afeta principalmente crianças de até 2 anos. Esse vírus costuma circular entre os meses de março a julho. Nesse período de frio os ambientes ficam mais fechados e contribuem para a contaminação.
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O pediatra William Rafaelo Schlinkert explica que a bronquiolite é parecida com um resfriado ou uma gripe.
“Porém, por volta do quarto ou quinto dia, ela pode apresentar o que é mais característico, que é o chiadinho fino […] Porque geralmente ele vem junto com sinais de desconforto respiratório, afunda o pescocinho, afunda a barriguinha, bate a assinha de nariz, isso significa que a criança está ficando cansada. E como o bebê ou a criança pequena não tem musculatura desenvolvida para aguentar esse cansaço, então, precisa ser levado para o pronto atendimento.”
Apesar de serem parecidas, bronquiolite e bronquite não são a mesma doença. Schilinkert afirma que as duas afetam os pulmões, no entanto, a bronquiolite viral aguda tende a ser limitada e a bronquite pode ser crônica e ter outras causas.
O diagnóstico da bronquiolite é feito pelo exame clínico, entretanto o exame de sangue também deve ser feito, para indicar qual o tipo do vírus que causou a doença. Isso porque há diferenças entre os diversos micro-organismos, e os respiratórios são mais graves.
Segundo o pediatra, não existe um tratamento específico para a doença, mas sim recomendações terapêuticas para os sintomas que ela pode causar.
“Por exemplo, a criança está cansadinha, precisa ficar no oxigênio. Têm casos que é indicada uma inalação, o pessoal usa muito bombinha, corticoide, mas também tem caso que não precisa. Então, o tratamento maior é de suporte, por isso, precisa ser feita avaliação pelo médico pra saber qual o tratamento que vai ser o ideal”.
Shilinkert relata que, se a criança não receber os cuidados médicos adequados, ela pode evoluir para um quadro grave, necessitando até de internação ou intubação.
“É uma doença que a gente tem que ter muito cuidado, porque pode ter um desfecho ruim […] Na dúvida: ‘ah, é bronquiolite, não é, está cansadinho, não está’, procure uma unidade de pronto atendimento”, alertou.
Prevenção
O especialista conta que a principal forma de prevenção é não se contaminar com o vírus causador da bronquiolite. Esse agente possui alta transmissão, pois pode ficar até 24 horas sob uma superfície.
“O principal é evitar contato com as pessoas doentes e sempre ter o álcool em gel pra higienizar a mão, porque passa pela mãozinha da criança, toca em uma superfície que está contaminada, daí transmite”, descreve Shilinkert.
Segundo o pediatra, desde 2024 há uma vacina que ajuda na prevenção da bronquiolite disponível para gestantes. Já para crianças de até 2 anos, há um imunizante com anticorpos que atuam evitando o desenvolvimento da doença.
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