Esquema de transferência entre países fazia os carros parecerem legalizados – Foto: Divulgação/PCSC/ND
O esquema da ‘Gangue da Hilux’, que foi desmontado nesta quinta-feira (15), operava por um sistema organizado para fazer carros roubados parecerem legalizados. No esquema veículos eram transferidos para outros estados e para outros países, para no final retornarem ao Brasil.
A operação “Rota do Conesul”, da Polícia Civil, foi deflagrada em quatro estados: Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais e Bahia. Agentes cumpriram 11 mandados de prisão preventiva contra a quadrilha e 26 mandados de busca e apreensão para retenção de R$ 6 milhões em bens dos criminosos.
Gangue da Hilux monitorava as vítimas
Os investigados eram focados em roubar caminhonetes Toyota Hilux. Segundo a polícia, as vítimas eram monitoradas e posteriormente roubadas. A região com maior número de vítimas foi o Litoral Norte catarinense.
“Eles localizavam o veículo, faziam a campana, acompanhavam a vítima e, dentro do possível, faziam o furto. Mas estavam preparados para o roubo. Alguns deles já têm condenação, inclusive por crime violento, subtração com uso de arma de fogo”, detalha o delegado Daniel Régis da DEIC (Diretoria Estadual de Investigações Criminais).
Durante a operação, policiais encontraram fotos de armamentos pesados na galeria dos celulares dos criminosos. Segundo o delegado, a suspeita é que estes armamentos fossem os utilizados no roubo de carros de luxo.
Transferência para outros países
Na segunda parte do esquema, a ‘Gangue da Hilux’ enviava os veículos para estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul, além de países como Argentina, Chile e Paraguai.
Uma vez no exterior, os carros eram devolvidos ao Brasil como se estivessem legalizados.
Operação foi conduzida pela Delegacia de Roubo de Veículos da Polícia Civil – Foto: PCSC/ND
Operação cumpriu mandados em quatro estados
Em Santa Catarina, mandados foram cumpridos em Balneário Camboriú e em Canoinhas, no norte do estado. Um homem foi preso com tornozeleira eletrônica.
Os envolvidos na ‘Gangue da Hilux’ podem responder pelos crimes de furto, receptação e adulteração de veículos e organização criminosa, além de lavagem de dinheiro, em razão das transações bancárias feitas para movimentar o lucro dos crimes, incluindo transferências internacionais.
Polícia cumpriu 11 mandados de prisão preventiva contra a ‘Gangue da Hilux’ – Foto: PCSC/Divulgação/ND
A operação contou com a colaboração entre a Polícia Civil, a PRF (Polícia Rodoviária Federal), a PMSC (Polícia Militar de Santa Catarina) e as Guardas Municipais de Balneário Camboriú e Itapema.