Após 1º caso de gripe aviária no RS, Santa Catarina endurece fiscalização

Primeiro caso de gripe aviária em granja comercial foi confirmado no RS – Foto: Acervo Cidasc/Divulgação/ND
Após a confirmação do primeiro caso do Brasil de gripe aviária em uma granja comercial, a Cidasc (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina) informou que intensificou as ações de defesa sanitária animal. A orientação foi publicada em uma nota técnica nesta sexta-feira (16).
O governo de Santa Catarina afirmou que a adoção de medidas de prevenção foi necessária em razão do momento sanitário vivido pelo estado vizinho. Novas medidas poderão ser implementadas para proteger a avicultura catarinense dependendo da evolução do cenário.

Diante da situação sanitária, Santa Catarina adotou as seguintes medidas:

a emissão de alerta máximo para que a avicultura comercial reforce as medidas de biosseguridade.
intensificação de ações de defesa sanitária animal, entre elas estão a análise da movimentação e produtos de origem animal vindos da região do foco;
direcionamento da atividade de vigilância ativa em propriedades que receberam animais daquela região nos últimos 30 dias;
orientação aos PFFs (Postos de Fiscalização Agropecuária) da divisa Sul para intensificar a inspeção documental e física de todas as cargas de aves e ovos férteis provenientes do Rio Grande do Sul; e
os médicos-veterinários da Cidasc também foram orientados a manter a avaliação criteriosa nos atendimentos de casos suspeitos de SRN (Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves) e a IAAP (Influenza Aviária de Alta Patogenicidade) é enquadrada.

“Cuidados com a água, com a ração, com telas, calçados e roupas, não ter visitas para entrar no aviário. Fechar as aves de subsistência em um local telado, pois sabemos que o vírus está circulando e temos que manter as aves silvestres afastadas desses ambientes”, completou a presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos, sobre os cuidados.
Gripe aviária do RS
O Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) informou nesta sexta-feira que o foco da doença foi identificado no município de Montenegro, na Região Metropolitana de Porto Alegre, Rio Grande do Sul.
Até então, o Brasil registrou foco de IAAP apenas em aves silvestres. A circulação do vírus ocorre desde 2006, especialmente na Ásia, África e no Norte da Europa.
A Secretaria de Agricultura do RS foi até a granja para apurar a suspeita de gripe aviária na segunda-feira (12). Amostras foram coletadas e levadas para um laboratório em Campinas, São Paulo, onde o caso foi confirmado.
Após o diagnóstico, a granja foi isolada e as aves restantes eliminadas. Segundo a secretaria, uma investigação em um raio de 10km do foco em Montenegro será feita.
Gripe aviária não é transmitida pelo consumo de carne e ovos
A presidente da Cidasc garantiu que “a carne de aves e ovos não transmitem a doença ao ser humano, podem e devem ser consumidos normalmente”.
O entendimento foi reforçado pelo Mapa. “A população brasileira e mundial pode se manter tranquila em relação à segurança dos produtos inspecionados, não havendo qualquer restrição ao seu consumo.”
Ainda segundo o ministério, o risco de um humano ser infectado pela influenza aviária é baixo e, quando ocorre, afeta tratadores ou profissionais com contato intenso com aves infectadas (vivas ou mortas).
Medidas previstas no plano nacional de contingência começaram a ser tomadas pelas autoridades para conter a doença, garantir a segurança alimentar e evitar qualquer impacto na produção.
Após o diagnóstico na granja do RS, o governo federal informou aos órgãos internacionais e parceiros comerciais do país sobre a ocorrência.

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