Segundo boletim divulgado pelo instituto, 2,7 milhões de pessoas aguardavam pelo benefício em março – Foto: Estadão Conteúdo/R7/ND
A fila do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) para concessão de benefícios disparou nos primeiros meses deste ano e atingiu 2,6 milhões em abril. O aumento é de 92% em relação ao mesmo período de 2024, quando havia 1,3 milhão de requerimentos.
Segundo o boletim Transparência Previdenciária, do Ministério da Previdência Social, que divulgado nesta sexta-feira (16), desde dezembro, o número superou 2 milhões e chegou a 2,7 milhões em março. É o maior nível desde 2019.
O tempo médio de concessão também voltou a subir para 52 dias em abril. O volume inclui tanto os processos que estão com até 45 dias como os acima disso. Do total, 2,3 milhões de pedidos aguardam análise do instituto ou perícia médica inicial.
Fila do INSS chegou a 2,7 milhões em março – Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
Outros 401,9 mil requerimentos se encontram em exigência, ou seja, aguardando alguma documentação do segurado para que o INSS possa concluir a análise.
Fila do INSS não baixou de um milhão, diz boletim
Ao longo de 2024, não houve mês em que a fila do INSS para a concessão dos benefícios previdenciários fosse inferior a um milhão de pessoas, mas houve uma diminuição do tamanho entre janeiro e junho.
A fila voltou a crescer e alcançou o maior número do ano em dezembro, com 2.042.016 pessoas. Já nos primeiros meses de 2025, houve uma escalada, atingindo 2,7 milhões em março e 2,6 milhões em abril.
Segundo o órgão, o aumento registrado na fila do INSS no fim de 2024 refletiu a greve dos servidores e peritos, além de alterações da lei que passou a exigir biometria para o BPC (Benefício de Prestação Continuada), que gerou um represamento, além do aumento de requerimentos.
Segundo boletim divulgado pelo Ministério da Previdência Social, mais de 34 milhões eram beneficiárias do INSS – Foto: José Cruz/Agência Brasil
O número de beneficiários do INSS em abril foi de 34.233.254, com um total de pagamento de R$ 72,68 bilhões. O benefício por incapacidade, antigo auxílio-doença, lidera o ranking de concessões em abril, com 555 mil (52%).
*Com informações do R7.
