Ato em memória dos 28 anos do massacre de Eldorado do Carajás é realizado no Pará

Programação foi realizada na “Curva do S”, local onde trabalhadores rurais foram mortos durante operação da polícia militar, no dia 17 de abril de 1996. Ato em memória dos 28 anos do massacre de Eldorado do Carajás é realizado no Pará
Reprodução
Uma programação em memória dos 28 anos do massacre de Eldorado do Carajás foi realizado nesta quarta-feira (17).
A cerimônia foi realizada na “Curva do S”, local onde trabalhadores rurais foram mortos durante operação da polícia militar, em 17 de abril de 1996.
Programação marca os 28 anos do Massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará
Integrantes do MST, pastoral da terra e outros movimentos sociais e organizações não governamentais participaram da programação.
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No dia do massacre, 21 camponeses foram mortos em uma ação policial, sendo 19 no local e dois no hospital. Outras 69 pessoas ficaram feridas.
Dos 155 policiais que participaram da ação, em 1996, os policiais Mário Pantoja e José Maria de Oliveira, comandantes da operação, foram condenados a penas que superaram os 150 anos de prisão.
Relembre o caso
No dia 17 de abril de 1996, aproximadamente 300 trabalhadores fizeram um protesto na PA-150 e bloquearam a passagem de veículos. A principal reivindicação era a demora do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em desapropriar a Fazenda Macaxeira, de 40 mil hectares.
Os policiais, então, tentaram retirar os manifestantes com bombas de efeito moral e parte dos manifestantes teriam reagido jogando pedras e pedaços de pau. A polícia reagiu com disparos de metralhadora.
massacre eldorado dos carajás
Reprodução/TV Liberal
No final do conflito, 19 trabalhadores foram mortos e dezenas de outros feridos; dois deles morreram no hospital, segundo o MST. Os policiais retiraram os corpos do local e destruíram provas para dificultar as investigações, segundo o Ministério Público.
Os dois comandantes da operação foram julgados e punidos. A sentença do Coronel Pantoja, foi de 208 anos de prisão. Ele morreu em 2020. O Major Oliveira cumpre pena em regime domiciliar, mas foi condenado a 158 anos de prisão.
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