
Almir Sater, Delinha, Helena Meirelles, Ney Matogrosso, Manoel de Barros e Tete Espíndola são alguns dos grandes nomes da cultura de Mato Grosso do Sul. Conheça um pouco da história deles. Veja os grandes nomes que moldaram a cultura de MS
Do sertanejo ao verso pantaneiro, Mato Grosso do Sul respira arte. Terra de vozes que ecoam além das fronteiras, o estado revelou grandes artistas que transformaram a cultura regional em patrimônio brasileiro.
Em homenagem a esses nomes, o g1, através do Memórias TV Morena, revisitou a trajetória de seis artistas – poetas, cantores e compositores – que escreveram, nota a nota e verso a verso, a história da cultura sul-mato-grossense.
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Almir Sater
Poeta da viola pantaneira
Campo-grandense nascido em 1956, Almir Sater é um dos maiores nomes da música regional brasileira. Violeiro, compositor e ator, ele levou o som do Pantanal para o mundo com canções como “Tocando em Frente” e “Chalana”.
Entre os grandes feitos da carreira, o músico também fez participações em novelas como Pantanal e O Rei do Gado, consolidando-se como um artista completo.
Com mais de quatro décadas de trajetória, Sater continua a encantar plateias com sua música que mistura raízes sertanejas e influências contemporâneas.
Delinha
A Dama do Rasqueado
Delanira Pereira Gonçalves, mais conhecida como Delinha, foi uma das maiores representantes da música sertaneja e do rasqueado sul-mato-grossense. Nascida em 1935, chegou a Campo Grande ainda criança e, ao lado do marido Délio, formou a dupla Délio & Delinha, que se tornou símbolo da cultura regional.
Com mais de 60 anos de carreira, 19 álbuns gravados e a maior discografia do estado, Delinha foi consagrada como “Dama do Rasqueado” e “Embaixadora da Cultura de Mato Grosso do Sul”.
Suas músicas retratavam os costumes, amores e belezas do estado, deixando um legado eterno na música brasileira.
Delinha morreu aos 85 anos, em junho de 2022.
Helena Meirelles
A primeira dama da viola
Nascida em 1924, Helena Meirelles aprendeu a tocar viola sozinha e, mesmo sem saber ler ou escrever, conquistou o mundo com seu talento.
Reconhecida pela revista norte-americana Guitar Player como uma das melhores guitarristas de todos os tempos, ao lado de ícones como B.B. King e Jimi Hendrix, Helena gravou seis discos, depois dos 70 anos.
Sua palheta mais conhecida, feita de chifre de boi, e seu estilo único a tornaram um símbolo da resistência e da força feminina na música.
“Vou tocar até morrer”, dizia ela, e cumpriu sua promessa, deixando um legado de alegria e determinação.
Helena Meirelles morreu aos 81 anos, em setembro de 2015.
Ney Matogrosso
Ícone da reinvenção
Nascido em Bela Vista em 1941, Ney Matogrosso é um dos artistas mais revolucionários do Brasil. Ex-integrante do Secos & Molhados, ele se consagrou como cantor solo com sucessos como “Homem com H” e “Bandoleiro”.
Com uma voz potente, performances ousadas e personalidade única Ney desafiou convenções e ficou conhecido como um símbolo da liberdade artística.
Mesmo longe de Mato Grosso do Sul desde a juventude, Ney Matogrosso carrega em sua arte a essência da terra que o viu nascer.
Manoel de Barros
Poeta que Brincava com as Palavras
Natural de Cuiabá (MT), Manoel de Barros passou a infância em uma fazenda de Corumbá e escolheu Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul para viver e se inspirar.
Conhecido por sua linguagem lúdica e inventiva, o poeta transformou o Pantanal em versos, criando uma obra única no cenário literário brasileiro. Com mais de 25 livros publicados, desde “Poemas Concebidos sem Pecado” (1937) até “Escritos em Verbal de Ave” (2011), Manoel de Barros eternizou-se como um mestre da simplicidade poética.
Em Campo Grande, sua memória é celebrada no Museu Casa-Quintal Manoel de Barros e na estátua em sua homenagem na Avenida Afonso Pena.
Manoel de Barros morreu aos 81 anos, em novembro de 2014.
Tetê Espíndola
Tetê Espíndola é uma das vozes mais marcantes da música brasileira. Nascida em Campo Grande, ela começou a carreira nos anos 1970 e, desde então, lançou 20 álbuns, mesclando MPB, folk e influências regionais.
Membro de uma família artística, a conexão de Tete com a terra natal é uma inspiração para o trabalho.
“Campo Grande é minha raiz, e isso ficou dentro de mim”.
A iniciativa integra as celebrações pelos 60 anos da TV Morena. As reportagens que marcaram a trajetória da emissora estão disponíveis na Globoplay, enquanto as publicações semanais no ‘Memórias TV Morena’ irão relembrar as principais coberturas dessas seis décadas de história.
Nomes que fizeram história na cultura sul-mato-grossense
Arquivo g1 MS e Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul
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