
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (19), que as negociações de paz entre Rússia e Ucrânia começarão “imediatamente”, após uma ligação telefônica de duas horas com o presidente russo, Vladimir Putin.
Segundo Trump, o Papa Leão XIV teria se oferecido para sediar as conversas no Vaticano. “Rússia e Ucrânia vão iniciar imediatamente negociações para um cessar-fogo e, mais importante, para o FIM da guerra. Que o processo comece!”, escreveu ele em uma rede social.
De acordo com informações do jornal USA Today, o telefonema entre Trump e Putin foi marcado por um tom otimista. O líder russo agradeceu o apoio do ex-presidente americano e disse estar disposto a negociar um memorando de entendimento com a Ucrânia.
O documento abordaria pontos como os princípios para um possível acordo de paz e prazos para sua implementação.
Tentativas anteriores fracassaram
Putin afirmou que, embora ainda não haja consenso sobre os próximos passos, existe disposição para retomar o diálogo com Kyiv. A última rodada de negociações entre os dois países ocorreu na Turquia e foi encerrada em 16 de maio, com um acordo de troca de prisioneiros e a sinalização de continuidade nas conversas.
Antes disso, uma reunião entre Putin e Zelenskyy havia sido marcada para o dia 15 de maio, mas o presidente russo se recusou a participar pessoalmente e enviou uma equipe de segundo escalão. Zelenskyy tem defendido um cessar-fogo de 30 dias como medida emergencial, enquanto Putin insiste em discutir os detalhes de um eventual acordo antes de aceitar a trégua.
Trump, por sua vez, tem pressionado ambos os lados a encerrarem a guerra, iniciada em 2022. O USA Today relata que ele se mostrou frustrado com a falta de avanços e que já cogita novas sanções contra a Rússia, caso não haja progresso. Recentemente, Trump e o vice-presidente J.D. Vance também se reuniram com Zelenskyy em Roma.
A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou também no dia 19 de maio que o governo dos Estados Unidos está “cansado e frustrado com os dois lados do conflito”. Autoridades americanas alertaram que, se não houver avanços, Washington poderá se retirar das tratativas de paz.