Último desejo: pescador é homenageado em cortejo fúnebre no mar

o pescador Chico DoidoRedes sociais

O pescador, Francisco das Chagas Pedro, um dos mais experientes na famosa vila de pescadores em Jericoacoara, Ceará, fez um último pedido ainda no leito do hospital. Em estado grave, por complicações do diabetes, Chico Doido, como ficou conhecido por nativos, revelou a familiares que gostaria que o seu corpo, antes de ser sepultado, fosse levado por um cortejo fúnebre pelo mesmo trajeto que fazia quando saia para ir pescar. 

As imagens logo repercutiram nas redes sociais, pela forma diferente de que familiares e amigos se despediram do pescador.

Carregando um caixão, com acompanhamento de um cortejo de barcos, amigos e familiares deram o último adeus a Chico Doido. O momento foi idealizado por seu filho, Francisco Jhonatan, 33, conhecido nas redes sociais como Xico Slim.

Nas imagens é possível ver dezenas de pessoas acompanhando a peregrinação pelos verdes mares da famosa praia de Jeri. “A situação estava crítica do nosso amigo, estava debilitado e entubado por complicações do diabetes. Tentamos ajudar através de uma campanha solidária, porém, não tivemos muito tempo. Nosso amigo nos deixou. O sonho dele era que o adeus ao seu corpo fosse num cortejo marítimo”, conta Chico Bento, ex-secretário de aquicultura e pesca do município.

sepultamento do pescador em jeriDivulgação pessoal

“A história de um pescador de coração bom se acaba aqui. Tinha muito orgulhoso do meu pai, foram vivencia incríveis, muitas risadas, muitos perrengues, altas aventuras, vivencias inesquecíveis, nossa sou muito grato por tudo meu coroa, vivi e viveria tudo de novo contigo meu coroa, te amo eternamente meu pai, amigo, companheiro, meu herói”, publicou o filho, Chico Slim.

Morte do pescador

Chico estava internado em um hospital de Sobral, no último mês de maio, em “situação critica”, conforme informou o amigo da família, Chico Bento, em publicação nas redes sociais. Segundo apurado pela reportagem, o pescador morreu vítima de complicações do diabetes. 

No leito do hospital, o filho perguntou ao pescador, se podia homenageá-lo com um cortejo pelas águas onde ele dedicou a vida à pesca. Sem palavras, o pai acenou com a cabeça e aceitou o gesto do atleta.

“Essa Rota da Pedra os pescadores sempre fazem, e ele fazia questão que eu fosse com ele, por isso surgiu a homenagem e nos últimos momentos dele tivemos aquela ideia de levar ele até a pedra furada e assim foi feito”, escreveu o filho nas redes sociais. “Acho que ele ficou muito feliz”, contou o filho em tom emotivo. O pescador deixa quatro filhos e muitos amigos.

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