Carla Zambelli teve a prisão decretada na quarta-feira (4) – Foto: Carla Zambelli/@carla.zambelli/Reprodução/ND
A relação de criminosos brasileiros procurados internacionalmente conta agora com a deputada federal Carla Zambelli. A pedido do STF, ela foi incluída na lista vermelha da Interpol nesta quinta-feira (5).
Além dela, outras 72 pessoas de origem brasileira estão nessa listagem, que compreende outras seis mulheres procuradas por crimes que vão desde tráfico de drogas até homicídio e tortura.
Apesar de ter sido incluída na lista vermelha da Interpol nesta quinta-feira, o nome de Carla Zambelli ainda não aparece na página da Organização Internacional de Polícia Criminal.
A deputada federal teve a prisão decretada na quarta-feira (4), depois de anunciar publicamente que deixou o Brasil. A decisão do ministro Moraes atendeu ao pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República), feito na terça-feira (3).
Zambelli e outra seis integram lista vermelha da Interpol
A relação de brasileiras procuradas internacionalmente tem criminosas de 28 a 75 anos, por crimes cometidos dentro e fora do país. É o caso de Thaynara Caroline Santos Pereira, procurada por fraudes com uso de cartão de crédito cometidos na Argentina.
Além da deputada federal, outras seis mulheres integram lista vermelha da Interpol – Foto: Reprodução/Interpol/ND
Além de Zambelli, a lista vermelha da Interpol também inclui uma das criminosas mais procuradas de Santa Catarina. Em 2014, a gaúcha Silvana Seidler matou a própria filha e comunicou o desaparecimento da criança à polícia, mas familiares logo passaram a suspeitar de seu comportamento.
Seidler foi vista pela última vez ao deixar a delegacia a pé, sem nenhum pertence. Naquela noite, o corpo de Carol Seidler Calegari, de 7 anos, foi localizado em um quarto nos fundos da casa de Silvana. A criança estava em uma caixa de brinquedos, com sinais de esganadura e um bilhete escrito “esse é o teu presente de Natal”.
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Silvana Seidler está foragida desde 2015, após tirar a vida da própria filha – Reprodução/PCSC/ND
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Carol Seidler foi morta pela mãe, em dezembro de 2014, aos 7 anos de idade – Reprodução/Redes Sociais/ND
Quem são as brasileiras na lista da Interpol:
Thaynara Caroline Santos Pereira: 28 anos, procurada por associação ilícita e fraude mediante uso de dados de cartão de débito/crédito de terceiros;
Heloísa Gonçalves Duque Soares Ribeiro, 75 anos, tortura e assassinato;
Maria Jussara da Conceição Ferreira Santos, de 52 anos, é membro de organização criminosa;
Marcia Liziane Costa Vieira, 39 anos, procurada por furto;
Rosirene Vieira, 49 anos, procurada por Tráfico Internacional de Drogas;
Silvana Seidler, 58 anos, responsável pelo homicídio qualificado e ocultação de cadáver da própria filha, em Tubarão, no ano de 2014.
O que é a difusão vermelha?
O sistema internacional de alerta foi criado em 1946 e funciona como um banco de dados, com nome, foto, nacionalidade, descrição das características físicas e crimes aos quais o foragido responde na Justiça. Atualmente, 196 países possuem informações integradas à difusão vermelha da Interpol.
O tratado intercontinental serve para alertar as polícias de todos os países membros sobre fugitivos procurados internacionalmente, mas não equivale a um mandado de prisão. A lista vermelha da Interpol auxilia a cooperação internacional para um foragido ser extraditado e responder por crimes aos quais já foi condenado ou para ser julgado pela Justiça daquele país.
