A piada de Moraes após saber que só ele ficaria preso – Foto: Fellipe Sampaio/STF
O STF (Supremo Tribunal Federal) deu início, nesta terça-feira (10), ao segundo dia de interrogatórios dos oito réus acusados de tentar dar um golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder após as eleições de 2022. O primeiro a depor nesta manhã é o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier.
Os interrogatórios estão previstos para acontecer até o dia 13 de junho, em Brasília. Todos os réus devem comparecer presencialmente, com exceção do general Braga Netto, que está preso e participará por videoconferência.
Acompanhe ao vivo o segundo dia de interrogatórios no STF:
Primeiro dia de interrogatórios
Nesta segunda-feira (9), no primeiro de interrogatórios, os depoimentos iniciaram com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e um dos delatores do caso. Durante a tarde, Cid afirmou que o general Walter Braga Netto, ex-ministro e candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL), entregou dinheiro vivo para financiar manifestações em frente a quartéis do Exército após as eleições de 2022.
Mauro Cid durante interrogatório no STF – Foto: Gustavo Moreno/STF
Ainda, confirmou ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, que o ex-presidente não apenas teve acesso à chamada “minuta do golpe”, como também fez alterações no documento.
Depois dele, o interrogatório foi ao deputado federal e ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem.
Imagens do primeiro dia de interrogatórios
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Reação de Jair Bolsonaro durante o interrogatório de Mauro Cid – TV Justiça/Reprodução/ND
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Bolsonaro acompanhou o interrogatório de Mauro Cid no STF – Ton Molina/STF
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Moraes rebateu crítica com sinceridade e Mauro Cid não segurou o riso – TV Justiça/Reprodução/ND
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Mauro Cid e Jair Bolsonaro dão aperto de mãos – Ton Molina/STF
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Mauro Cid confirma que Bolsonaro “enxugou” minuta do golpe – ROSINEI COUTINHO/STF/ND
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Mauro Cid durante interrogatório no STF – Gustavo Moreno/STF
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Jair Bolsonaro assiste ao interrogatório de Mauro Cid – Gustavo Moreno/STF
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Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator do caso, durante depoimento no STF – Tom Molina/STF/ND
Próximos réus a depor no STF
Anderson Torres – ex-ministro da Justiça
Augusto Heleno – ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI)
Jair Bolsonaro – ex-presidente da República
Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa
Walter Braga Netto – ex-ministro e ex-candidato a vice-presidente
Direito ao silêncio
Pela lei, nenhum réu do núcleo 1 é obrigado a responder às perguntas. Eles podem ficar em silêncio sem que isso seja usado contra eles, ou optar por responder apenas às perguntas da própria defesa.
O que vem depois
Depois dos interrogatórios do núcleo 1, o processo entra na reta final. A PGR e os advogados das defesas ainda podem pedir novas diligências – como ouvir mais testemunhas -, mas só se houver fatos novos.
Audiências acontecem nesta semana no STF – Foto: Gustavo Moreno/STF
Se nada mais for acrescentado, Moraes abrirá prazo para que acusação e defesa apresentem suas alegações finais. Com isso, o ministro deve escrever seu voto e liberar o processo para julgamento pelos outros quatro integrantes da Primeira Turma do STF: Cristiano Zanin, Luiz Fux, Flávio Dino e Cármen Lúcia.
A expectativa é que a decisão final, com possível condenação ou absolvição, saia ainda neste ano.