Governador Jorginho Mello determina que Polícia Civil investigue possíveis fraudes no Universidade Gratuita – Foto: Divulgação/GOVSC
O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), determinou que a Polícia Civil inicie uma investigação sobre as possíveis fraudes no Universidade Gratuita. A informação foi divulgada pelo governo nesta quarta-feira (11).
O objetivo é apurar denúncias de alunos que apresentaram informações falsas sobre a renda familiar per capita para acessar o benefício. Também serão investigadas supostas consultorias criadas para facilitar o acesso ao Universidade Gratuita mediante pagamento.
“Eu não vou deixar que meia dúzia tente manchar a imagem do Universidade Gratuita. São mais de 40 mil alunos que não teriam uma oportunidade se o estado não bancasse as mensalidades”, declarou o governador.
A investigação será conduzida pela Delegacia de Defraudações, vinculada à Diretoria Estadual de Investigações Criminais. A operação será coordenada nos municípios onde houver indícios de irregularidades.
Relatório do TCE apontou possíveis fraudes no Universidade Gratuita
O governo estadual recebeu um relatório do TCE (Tribunal de Contas do Estado) que abordava as suspeitas de irregularidades no Universidade Gratuita. O benefício estaria sendo usado por estudantes que mentiram a respeito da renda familiar ao se cadastrar no programa.
Em entrevista ao Grupo ND na última quarta-feira (4), a secretária de Educação de Santa Catarina, Luciane Ceretta, afirmou que os estudantes podem ser responsabilizados caso tenham se beneficiado de fraude.
Luciane Ceretta, secretária de Educação de SC, afirmou que estudantes podem ser responsabilizados caso tenham sido beneficiados por fraude – Foto: Divulgação/ND
“Aos estudantes que tiverem, porventura, cometido irregularidades, eles correm o risco de perder o benefício, de ressarcir os cofres públicos de todo benefício antecipado que recebeu, e ainda sofrerão as sanções próprias da irregularidade que cometeu”, declarou.
A Secretaria de Educação também afirma que está formalizando um pedido para receber o resultado detalhado da análise realizada pelo TCE. A partir disso, a pasta deve acionar as comissões de seleção e fiscalização dos programas em cada uma das instituições participantes, para realizarem as apurações da procedência dos dados dos estudantes.