Carregando cartazes e balões promovendo barulho com apitos e buzinas, a população percorreu principais ruas da cidade de Muaná. População de Muaná protesta após prisão domiciliar de homem suspeito de estupro.
Reprodução/Redes sociais
Moradores da cidade de Muaná, no Marajó, no Pará, protestaram neste último sábado (18) cobrando justiça e maior proteção às crianças e adolescentes após um estudante de 11 anos ser estuprado dentro de uma escola.
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No dia 15 de maio, o juiz Luiz Trindade Júnior, do Tribunal de Justiça do Pará, atendeu um pedido da defesa de um suspeito pelo crime e permitiu que o homem respondesse ao andamento do processo em prisão domiciliar. Promotoria de Justiça de Muaná disse que vai recorrer.
Os moradores começaram a se concentrar desde as 17h em frente de uma escola na cidade. Os manifestantes vestiam camisas brancas ou laranjas – mês de conscientização sobre o combate ao abuso e à exploração sexual infantil.
Carregando cartazes e balões promovendo barulho com apitos e buzinas, a população percorreu as principais ruas da cidade, entoando gritos por justiça contra o crime.
“Não queremos pedidos de desculpas, queremos justiça” e “Isso precisa acabar, queremos justiça” eram algumas das frases carregadas pelos manifestantes em cartazes.
Em nota, a Prefeitura de Muaná informou que após tomar “conhecimento do ocorrido em razão da prisão do investigado nas dependências da escola municipal, a administração realizou o afastamento imediato do servidor, bem como está contribuindo de todas as formas legais possíveis com as investigações policiais”.
Prisão domiciliar
O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) informou na quinta-feira (16) que vai recorrer da decisão da Justiça que converteu a prisão preventiva para prisão domiciliar de um professor suspeito de estuprar o aluno.
Professor é preso suspeito de estuprar aluna de 11 anos em escola do Marajó, no PA.
Reprodução
O juiz Luiz Trindade Júnior, do Tribunal de Justiça do Pará, atendeu um pedido da defesa do suspeito e liberou que o homem cumpra a prisão domiciliar na cidade de Abaetetuba, no nordeste do estado.
Após a medida, a Promotoria de Justiça de Muaná, no Marajó, através do promotor Luiz Gustavo da Luz Quadros, disse que entrará com um recurso contra a decisão do juiz Luiz Trindade Júnior.
Estupro dentro da sala de aula
Segundo as investigações, o crime ocorreu no dia 26 de abril dentro da escola. O criminoso ficou sozinho com a vítima durante a realização de uma prova, após todos os demais alunos terem terminado o exame.
A criança resolveu pedir ajuda para o professor em uma questão, quando o suspeito solicitou uma recompensa. O homem abaixou sua roupa e a da criança e cometeu o abuso e ainda exigiu da vítima segredo sobre o ocorrido.
A vítima de 11 anos mudou de comportamento e os pais procuram o Conselho Tutelar e a Polícia Civil, onde houve a escuta especializada e encaminhamento para exame sexológico.
A criança foi encaminhada para realização de Exame Sexológico no Instituto de Medicina e Odontologia Legal, “Renato Chaves”, cujo o laudo constatou a materialidade do delito
O professor foi preso por estupro de vulnerável no dia 8 de maio após pedido da polícia e parecer favorável do Ministério Público. O pedido de prisão preventiva foi atendido pelo juiz Luiz Trindade Júnior.
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