Empresas e trabalhadores não chegam a acordo e transporte público permanece em estado de greve

Paralisação afetou passageiros em Florianópolis e outras cidades nesta quinta-feira (12) – Foto: Germano Rorato/ND
A reunião realizada nesta quinta-feira (12), entre prefeitura de Florianópolis, sindicato patronal e Procuradoria-Geral do Município terminou sem acordo e, por isso, a greve dos ônibus na Grande Florianópolis continua.
Ao ND Mais, o Sintraturb (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Urbano da Região Metropolitana de Florianópolis) afirmou que a mobilização acontece por tempo indeterminado, com paralisações podendo ocorrer a qualquer momento.

Participaram da reunião, representantes do Setuf (Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Florianópolis), Guarda Municipal, secretaria de Mobilidade Urbana e de Transportes da capital catarinense.
Estado de greve ocorre por tempo indeterminado
O encontro, mediado pela prefeitura de Florianópolis, buscou respostas junto ao Consórcio Fênix, responsável pelo serviço, para evitar uma nova paralisação do transporte público da capital catarinense. Nesta quinta-feira, a greve dos ônibus na Grande Florianópolis afetou linhas, principalmente, no Norte da Ilha.
Greve dos ônibus afeta sete municípios da Grande Florianópolis – Foto: Diorgenes Pandini/Especial para o ND
O Sintraturb afirmou ao ND Mais que os trabalhadores permanecem em estado de atenção, podendo paralisar as operações a qualquer momento. Não já horários específicos para que isso aconteça, mas a tendência é de que ocorra em horários de pico.
A prefeitura de Florianópolis aceitou algumas das exigências feitas pelos trabalhadores do transporte público, a fim de acelerar o acordo e promover o fim da greve dos ônibus na Grande Florianópolis. Dentre as concessões acatadas na capital, estão:

A partir de 1º de janeiro de 2026, não será mais aceito o pagamento de tarifa embarcada em moeda corrente (dinheiro);
Até 31 de dezembro de 2025, a posição das catracas na frota que atende o transporte municipal será deslocada para o mais próximo possível da porta dianteira do ônibus, conforme projeto a ser aprovado;
A criação de um comitê para discussões permanentes sobre o cotidiano do sistema, com integrantes indicados pelo SINTRATURB, pelo Consórcio Fênix e pela Secretaria de Infraestrutura da Capital;
O pagamento do benefício por dirigir sozinho aos motoristas que trabalham nas linhas do morro da capital, através de alteração nas escalas de trabalho para se enquadrar na cláusula específica da CCT.

Cabe ao Setuf (Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Florianópolis) negociar, junto às demais administrações municipais, medidas para acolher as demandas dos trabalhadores, da forma que melhor atender às condições de concessionárias e prefeituras.
Sindicato patronal e prefeitura de Florianópolis se reuniram nesta quinta-feira (12), mas não chegaram a acordo – Foto: Germano Rorato/ND
Greve dos ônibus na Grande Florianópolis atinge sete municípios
As reivindicações do sindicato dos trabalhadores do transporte coletivo são assinadas por empregados de sete cidades:

Florianópolis;
São José;
Palhoça;
Biguaçu;
Governador Celso Ramos;
Santo Amaro da Imperatriz;
São Pedro de Alcântara.

Em São José, os servidores municipais já estão em greve desde o dia 10 de junho, quando não aceitaram a proposta de reajuste salarial com base no índice IPCA. Segundo a administração municipal, os serviços essenciais não foram afetados.

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