Morre Elyanna Caldas, pianista e membro da Academia Pernambucana de Letras


Musicista ocupava a cadeira de número 14 da APL e foi uma das fundadoras do curso de música da UFPE. Causa da morte não foi divulgada. Com carreira internacional, Elyanna Caldas fundou o curso de música na Universidade Federal de Pernambuco, promoveu concertos e foi diretora do Conservatório Pernambucano de Música.
Reprodução/TV Globo
Morreu, nesta quinta-feira (12), aos 88 anos, a pianista e professora Elyanna Caldas. A musicista ocupava a cadeira de número 14 da Academia Pernambucana de Letras (APL) e foi uma das fundadoras do curso de música da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
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A causa da morte não foi divulgada. O velório será na sede da APL, no bairro das Graças, na Zona Norte do Recife. O horário da cerimônia não foi confirmado.
Em nota de pesar divulgada nas redes sociais, o presidente da instituição, Lourival Holanda, lamentou a morte de Elyanna Caldas e disse que ela “foi uma das mais brilhantes expressões da arte musical brasileira”.
“Foram mais de oito décadas dedicadas à música instrumental com paixão, disciplina e sensibilidade, sempre sem jamais cogitar o silêncio. Pernambuco, que tantas vezes foi o palco privilegiado de suas apresentações, orgulha-se de tê-la como filha e embaixadora da cultura”, declarou no texto.
Quem foi Elyanna Caldas
Referência na música instrumental, Elyanna já tocou em países como França e Polônia e tem cinco discos gravados, sendo um deles dedicado à obra de Capiba.
Nascida na capital pernambucana em 1937, ela se encantou pela música ainda na infância e começou a tocar piano com apenas 5 anos de idade, executando notas apenas de ouvido.
Pouco tempo depois, aos 6 anos, já se apresentava no Teatro de Santa Isabel, no Centro do Recife.
Aos 17, Elyanna representou o Brasil no 5º Concurso Internacional Frederico Chopin, em Varsóvia.
Quatro anos depois, venceu o concurso Magda Tagliaferro, no Rio de Janeiro, e foi estudar no Conservatório de Música de Paris.
De volta ao estado natal, na década de 1960, ajudou a fundar o curso de graduação em música da UFPE e se formou em letras na instituição.
A pianista também foi presidente do Conservatório Pernambucano de Música em duas ocasiões: entre 1987 e 1991 e de 1995 a 1999.
Em 1983, a pianista fundou o Movimento Arte e Cultura do Nordeste, que realizava encontros entre artistas de diferentes linguagens.
Em 2019, foi eleita imortal da APL, ocupando a cadeira 14 da instituição.
Elyanna também promoveu diversos festivais de música clássica no Recife e coordenava a programação “Música na Academia”, mantida pela APL desde 2014.
Em 2022, o Bom Dia Pernambuco produziu um perfil contando a história de Elyanna Caldas. Assista à reportagem no vídeo abaixo:
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