Projeto ocorre às 18h em Salvaterra, Soure e nas vilas de Joanes e Jenipapo. Espetáculo de Dança Contemporânea “Corpos D’água”.
Ana Ribeiro
Cidades no Marajó recebem de 24 de maio a 2 de junho o espetáculo de dança contemporânea “Corpos D’água”. O projeto ocorre às 18h em Salvaterra, Soure e nas vilas de Joanes e Jenipapo, abordando a relação da Amazônia com a água.
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O espetáculo tem 50 minutos de duração e conta com três grandes cenas que se conectam pelas narrativas dos artistas Rosangela Colares, Leo Barbosa e NaíseS. O projeto também leva oficinas de dança para a comunidade local.
Corpos D’água surgiu como ideia ainda na pandemia, conta Rosangela Colares, 54 anos, Doutora e artista docente em dança, ela tem relação com a água desde a infância.
“A água não é um produto a ser comercializável, comprado ou vendido, ela é um ser poderoso que deve ser admirada e temida. A água constitui uma grande parte de minha identidade amazônica”, afirmou.
Espetáculo “Corpos D’água”.
Ana Ribeiro
A professora de artes, NaiseS, 31 anos, diz que a primeira vez que se apresentou estava com oito meses de gestação. Com o nascimento do filho, ele também se tornou elenco.
“Minha relação com a água é de vida, após ter o corpo imerso em líquido durante a gravidez. Meu trabalho se relaciona com a maternidade, a transformação do corpo, o peso social de ser responsável por uma pessoa”, disse.
Já para Leo Barbosa, 31 anos, a relação com a água vem dos seres encantados da região e aposta que o público irá se encantar ao assistir o espetáculo.
“Minha relação com água no espetáculo vem dos seres encantados da região amazônica: Boi Tatá, cobra Norato, Maria Caninana, Boto, Vitória-régia, Yara… Pensar nestes corpos que ficam entre a água e a terra, entre a profundeza e a superfície”, observou.
Após a apresentação também será realizado um debate sobre o espetáculo e como cada pessoa se relaciona com a água. A abertura musical terá o show Milagre comum: Mateus Moura e Iris da Selva.
A realização é do Coletive Umdenós, por meio do Edital de Dança da Lei Paulo Gustavo 2023, pela Secretaria de Cultura do Estado do Pará e Ministério da Cultura, do Governo Federal
A produção executiva é de Brigitte Liberté, artes gráficas de Eduarda Amorim, figurinistas: Jean Negrão e Leonardo Botelho. Operação de som, Mateus Moura. Iluminação, Renan Rosário. Fotografia de Ana Ribeiro.
Serviço
24/05 (sexta)
– Apresentação do espetáculo em Salvaterra (19h). Quiosque Muiraquitã (Avenida Beira Mar – orla da Praia Grande)
25/05 (sábado)
– Oficina de dança em Salvaterra (9h). Quiosque Muiraquitã (Avenida Beira Mar – orla da Praia Grande)
– Apresentação do espetáculo em Joanes (18h). Sítio Arqueológico (Praça da Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário. Onde está as ruínas e a escola de Joanes)
26/05 (domingo)
– Oficina de dança em Soure (10h). Associação Moradores do Pacoval (Décima terceira rua, entre travessas 23 e 24 bairro Pacoval)
Apresentação do espetáculo em Soure (18h), no mesmo local.
1/06 (sábado)
– Apresentação do espetáculo em Jenipapo (18h). Cineclube Giovanni Gallo (sede da Colônia dos pescadores situada na rua vila nova S/n, – vila de Jenipapo)
2/06 (domingo)
– Oficina de dança em Jenipapo (9h). Cineclube Giovanni Gallo (sede da Colônia dos pescadores situada na rua vila nova S/n, – vila de Jenipapo)
– Apresentação do espetáculo em Jenipapo (18h), no mesmo local.
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