
Mais de 100 galinhas de criação doméstica morreram por gripe aviária em Santo Antônio da Barra, Goiás, segundo confirmação da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) publicada no sábado (14).
O resultado foi divulgado nesta sexta-feira (13), após análises realizadas pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA) do Ministério de Agricultura e Pecuária (Mapa).
A suspeita foi comunicada à Agrodefesa em 9 de junho, após a morte de cerca de 100 galinhas com sinais da doença, como asas caídas, secreção nasal, dificuldade para respirar, apatia, diarreia e inchaço no rosto. Outras 80 aves foram sacrificadas, e a propriedade foi imediatamente embargada.
Local embargado

Para conter o avanço do vírus, foi instalado no município um Centro de Operações de Emergência Zoossanitária (Coezoo), que coordena as ações de campo em cerca de 180 propriedades da região.
No embargo, a propriedade tem suas atividades suspensas para evitar a propagação da gripe aviária. Entre as medidas adotadas estão a instalação de barreiras sanitárias, desinfecção de veículos, restrição ao trânsito de aves, ovos e materiais avícolas, além da suspensão temporária de feiras e exposições com aves vivas.
Caso isolado
O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, afirmou que a confirmação da gripe aviária em aves de subsistência não altera o status sanitário do Brasil junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
Segundo ele, como não há envolvimento de granjas comerciais, as exportações de carnes e ovos também não são afetadas, já que o risco é considerado baixo pelos países importadores.
“Mesmo sendo um caso isolado, sem impacto no comércio de produtos avícolas, a confirmação reforça a importância de intensificar as medidas de contenção e vigilância”, destaca Ramos. “Já mobilizamos nossas equipes para atuar na área afetada, com ações de controle sanitário, investigação epidemiológica e reforço das orientações à população”.
Ele também reforça que a gripe aviária não representa risco à saúde humana, desde que não haja contato direto com aves doentes, e que o consumo de carne de frango e ovos continua seguro.
Contenção da doença
A Agrodefesa segue um plano de contingência para a Influenza Aviária (H5N1) com apoio da Defesa Civil e da prefeitura de Santo Antônio da Barra. Nas ações, estão incluídas a implantação de vigilância no raio de 10 quilômetros ao redor do foco, com monitoramento intensivo do trânsito de aves, e a conscientização de produtores, profissionais, imprensa e moradores sobre os riscos da gripe aviária, bem como as formas de prevenção e a importância de notificar casos suspeitos.
De acordo com a Agrodefesa, outro caso que também havia sido notificado no dia 9 de junho, em Montes Claros de Goiás, testou negativo para a Influenza Aviária.