
O pai da criança de dois anos que atirou acidentalmente na própria mãe, em Rio Verde de Mato Grosso (MS), afirmou à Polícia Civil que não percebeu o momento em que o filho começou a brincar com a arma antes do disparo. O depoimento preliminar foi prestado na noite de sexta-feira (13), horas após a tragédia. A informação foi confirmada pelo Portal iG.
Durante o relato, o homem apresentou as imagens das câmeras de segurança da casa e também entregou a documentação da arma, que foi apreendida. Um novo depoimento está previsto para a próxima semana.
O caso aconteceu por volta das 19h40, na varanda da residência da família, localizada no bairro Barra Verde. Nas imagens registradas pelas câmeras, o casal aparece sentado na área externa: o homem mexia no celular enquanto a mulher conversava com ele. Em poucos segundos, o menino se aproxima da mesa, pega a arma e começa a manuseá-la.
A tragédia se concretiza quando o disparo é efetuado na direção da mãe. O susto faz o casal se levantar imediatamente, e a criança, em desespero, tenta abraçar a mãe antes que ela caia no chão. A mulher, de 27 anos, foi atingida no braço e no tórax. Ela chegou a ser socorrida e levada ao hospital municipal, mas não resistiu aos ferimentos.
Segundo a Polícia Civil, o menino seguirá sob os cuidados da família durante a investigação. Caso seja necessário, o Conselho Tutelar poderá ser acionado.
O pai, que é da reserva do Corpo de Bombeiros e tinha licença para posse da arma, foi conduzido à delegacia para prestar esclarecimentos, mas não ficou preso. Ele vai responder por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, e por omissão de cautela na guarda do armamento.
Além da pistola Glock modelo 45, de calibre 9x19mm, a polícia apreendeu um carregador, quatro munições intactas da marca CBC e quinze munições da marca S&B – destas, quatorze estavam intactas e uma, deflagrada.