Venezuela e Nicarágua continuam fora dos Brics. A decisão coincide com o posicionamento do Brasil, que se opôs à inclusão das duas nações no bloco.
Segundo a TV Globo, o governo brasileiro exerceu pressão política para evitar a entrada dos dois países, sem a necessidade de um veto formal. Fontes afirmam que os russos sabem da irritação do Presidente Lula com Maduro– presidente da Venezuela –, que está tendo a sua reeleição contestada.
Durante a reunião desta terça-feira (22) em Kazan, na Rússia, os países membros do Brics fecharam a lista de nações que podem integrar o grupo como parceiros. Entre os países estão: Belarus, Bolívia, Cuba, Indonésia, Cazaquistão, Malásia, Nigéria, Tailândia, Turquia, Uganda, Uzbequistão e Vietnã.
Os líderes dos países membros do Brics, que estão na Rússia, ainda discutem, em um jantar, a possível adesão de cada um dos listados. No entanto, ainda não está definido se todos passarão a fazer parte do grupo de parceiros.
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Segundo a jornalista Daniela Lima, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou à sua equipe de articulação internacional que o Brasil deveria adotar uma postura contrária à inclusão da Venezuela no Brics. Esse posicionamento foi reforçado pelo assessor especial da Presidência e ex-chanceler, Celso Amorim, que também se manifestou contra a adesão venezuelana ao bloco.
As relações diplomáticas entre o Brasil e a Nicarágua também estão tensas desde agosto, quando o governo nicaraguense decidiu expulsar o embaixador brasileiro, Breno Souza da Costa. Em resposta, o governo brasileiro aplicou o princípio da reciprocidade e expulsou a embaixadora da Nicarágua em Brasília, Fulvia Matu.
Já a Venezuela enfrenta forte repressão sob o governo de Nicolás Maduro, o que tem gerado ruídos nas relações com o Brasil e outros países globais.
O chanceler brasileiro, Mauro Vieira, deve se reunir com o presidente Lula para discutir a lista final dos países candidatos a parceiros do Brics. Durante as negociações, também foi reforçada a importância da reforma no Conselho de Segurança da ONU, uma pauta defendida pela diplomacia brasileira e pelo próprio presidente brasileiro.
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