Análise da Associação Brasileira das Empresas de Produtos Nutricionais revelou que 41% das 84 marcas de creatina testadas apresentaram níveis abaixo do indicado, com 23% dos produtos reprovados. Maltodextrina, creatina, glutamina e BCAA: especialistas explicam em quais circunstâncias cada suplemento é recomendado
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Considerada um dos suplementos mais seguros e eficazes no mundo fitness, a creatina é a queridinha entre praticantes de musculação, crossfit e artes marciais. Mas a alta procura pelo produto tem trazido à tona preocupações sobre a qualidade das marcas disponíveis no mercado.
“Toda vez que você for comprar um produto é importante observar o preço. Quando estiver muito abaixo do preço de mercado, é importante gerar um sinal de alerta porque pode ser um produto fraudado” alerta Erika Carvalho, presidente do Conselho Federal de Nutrição.
Creatina: como usar corretamente
O que é a creatina?
A creatina é um composto produzido pelo corpo a partir de três aminoácidos: glicina, metionina e arginina. A substância, produzida pelo fígado, pâncreas e rins, é armazenada nos músculos e utilizada como fonte de energia para as células.
🥩Além de ser fabricada pelo próprio corpo, a creatina também é encontrada no leite, carne vermelha e em alguns tipos de peixe.
💪O uso da creatina como suplemento tem como principal objetivo aumentar a força e resistência muscular, além de favorecer a recuperação.
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“A gente se sente mais preparada, com mais energia e mais disposição para realizar as atividades de treino”, relata a digital influencer Andrea dos Santos Brito.
Marcas reprovadas
Uma análise recente da Associação Brasileira das Empresas de Produtos Nutricionais revelou que 41% das 84 marcas de creatina testadas apresentaram níveis de creatina muito abaixo do indicado, e em alguns casos, não havia traço da substância na fórmula.
Diante desse cenário, a conscientização sobre a escolha de suplementos se torna fundamental para a saúde dos consumidores.
“Há diversas marcas que burlam [a indicação] e colocam outros compostos na creatina”, explica Leandro Araujo, estudante de nutrição. “Colocam outros compostos. Então é importante fazer uma pesquisa a respeito da marca que você está adquirindo e o nível de pureza dela.”
Ainda de acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Produtos Nutricionais 23% dos produtos analisados foram reprovados.
A pesquisa completa está disponível no site da Abenutri foi enviada à Secretaria Nacional do Consumidor, que se comprometeu a retirar esses produtos do mercado.