Aliados de Israel e governos de países vizinhos pediram aos dois lados que evitem uma escalada do conflito. Cena de Teerã, no Irã
TV Globo
Os ataques israelenses ao Irã na noite de sexta-feira (27), madrugada deste sábado na região, tiveram como alvo bases militares iranianas.
Segundo o governo do Irã, quatro soldados morreram.
Aliados de Israel e governos de países vizinhos pediram aos dois lados que evitem uma escalada do conflito.
O Irã esperava uma resposta israelense. Ela veio de madrugada.
Os bombardeios atingiram três regiões: a capital, Teerã, e duas províncias no sudoeste do país, perto da fronteira com o Iraque.
O exército israelense divulgou imagens dos caças usados nos ataques contra bases militares, instalações aéreas e de fabricação de mísseis.
Foram mais de cem aeronaves, incluindo drones, que também miraram sistemas de defesa aérea na Síria e no Iraque para impedir que eles interceptassem os aviões israelenses. Quatro soldados iranianos morreram.
Já instalações nucleares e de petróleo e gás do Irã foram evitadas – seguindo um pedido enfático dos Estados Unidos, principal aliado de Israel. “Foram ataques precisos que já estão concluídos”, disse o porta-voz das forças armadas, Daniel Hagari.
Segundo Israel, o irã e seus aliados, como o Hezbollah no Líbano e o Hamas em Gaza, são responsáveis por ataques contínuos desde 7 de outubro do ano passado.
O regime dos aiatolás lançou quase duzentos mísseis balísticos contra o território israelense. Israel alertou que ainda pode selecionar alvos adicionais para atacar no Irã, caso seja necessário.
Teerã minimizou o ataque israelense deste sábado (16), dizendo que os mísseis foram interceptados. Os danos, limitados. E que a vida continuou normalmente depois.
Imagens do sábado na capital iraniana mostram pessoas nas ruas, comércio aberto e estradas movimentadas.
Shahram Akberzadeh, especialista em Oriente Médio, considera que foi um ataque calibrado de Israel e que a bola está agora com o Irã, que não tem real interesse em seguir o caminho da escalada.
A comunidade internacional implora por cabeças frias e cautela.
Em nota, o governo brasileiro disse que acompanha o conflito com preocupação e pediu contenção máxima de todas as partes envolvidas.
Estados Unidos, França e Alemanha alertaram contra uma escalada explosiva na região.
O primeiro-ministro aqui do Reino Unido disse que Israel tem o direito de se defender, mas que uma nova rodada de ataques e contra-ataques não é do interesse de ninguém. Kier Starmar também pediu que o Irã não responda. Mas a guerra continua intensa em outras frentes.
O Hezbollah lançou drones e foguetes contra o norte de Israel durante o dia, sem feridos.
No Líbano, um dos três jornalistas mortos num ataque israelense na sexta-feira foi enterrado neste sábado (26).
Sobre Gaza, o porta-voz do fundo das Nações Unidas para a Infância fez um apelo dramático: crianças profundamente doentes e feridas estão sendo privadas de cuidados médicos urgentes que poderiam salvá-las e são impedidas de ir para lugares onde existe ajuda.