O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, gerou polêmica ao questionar o acidente doméstico do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva. A declaração foi feita neste sábado (26) quando classificou o episódio como “farsa” e “álibi” para vetar a entrada da Venezuela no Brics.
A ausência de Lula na cúpula realizada em Kazan, na Rússia, foi justificada por orientações médicas após o presidente sofrer uma queda em casa, que resultou em cinco pontos na nuca.
Segundo Saab, fontes próximas ao Brasil informaram que Lula teria manipulado o acidente como desculpa para não comparecer ao evento e, assim, “perpetrar o veto contra a Venezuela”.
“Fontes diretas e próximas do Brasil me informam que o presidente Lula da Silva manipulou um suposto acidente para usá-lo como álibi para não comparecer à recente cúpula do Brics, e que essa versão não passou de uma farsa para perpetrar o veto contra a Venezuela”, disse em um comunicado divulgado nas redes sociais.
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A ausência de Lula na cúpula levou o chanceler Mauro Vieira a representá-lo. Segundo Celso Amorim, assessor internacional de Lula, o veto ao ingresso da Venezuela ocorreu devido a uma “quebra de confiança” do regime de Maduro.
“O que era um forte boato, infelizmente parece ser corroborado por um vídeo divulgado ontem, onde o presidente Lula é visto saudável, usando suas faculdades e agindo com total cinismo (…) Lula reapareceu sorridente e ileso, mostrando que ele usou esse ‘acidente’ para mentir para o Brasil, os Brics e o mundo inteiro, fato pelo qual ele deve ser investigado”, disse Saab.
Amorim informou que o venezuelano havia prometido ao Brasil divulgar atas eleitorais das eleições de julho, em meio a alegações de fraude da oposição, o que não foi feito até o momento.
Na tentativa de pressionar por sua entrada no Brics, Maduro foi pessoalmente a Kazan, mas não conseguiu reverter o veto. Outros países como Cuba, Bolívia e Turquia foram incluídos como parceiros do bloco
Venezuela e Nicarágua ficaram de fora pelo veto brasileiro.
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