Com migrações de reeleitos, PL e PSD concentram 12 das 18 cadeiras de prefeito da região de Piracicaba


Por outro lado, PSDB perdeu as três cadeiras que tinha na região. PV, PSB, PP e Cidadania também deixaram de ter representantes nos Executivos municipais. Prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste: prefeito reeleito na cidade, Rafael Piovezan migrou do PV para o PL entre um pleito e outro
Divulgação
Trocas de partidos por prefeitos que foram reeleitos criaram um cenário no qual PL e PSD vão concentrar 12 das 18 cadeiras nas prefeituras da região de Piracicaba a partir de 2025. Isso porque as duas legendas foram as mais buscadas por estes candidatos vitoriosos entre um pleito e outro.
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Migraram para o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, os seguintes prefeitos reeleitos:
João Victor, de Águas de São Pedro
Vitão Riccomini, de Capivari
Helinho Bernardino, de Saltinho
Rafael Piovezan, de Santa Bárbara d’Oeste
Já outros três reeleitos se filiaram no PSD – presidido pelo secretário de Governo e Relações Institucionais do Estado de São Paulo, Gilberto Kassab – entre um pleito e outro:
Rodrigo Arruda, de Charqueada
Junior Felisbino, de Cosmópolis
Thiago Silva, de São Pedro
Helinho Zanatta, eleito prefeito de Piracicaba, fez um retorno à legenda. Em 2016, foi reeleito prefeito de São Pedro pela legenda. Em 2022, estava filiado ao PSC quando foi eleito deputado estadual. Agora, vai assumir a metrópole pelo PSD.

Por outro lado, o PSDB perdeu as três cadeiras que tinha na região. PV, PSB, PP e Cidadania também deixaram de ter representantes nos Executivos municipais.
Já Podemos, Republicanos e União Brasil (criado em 2021) passam a ter quatro representantes em prefeituras da área de cobertura do g1 Piracicaba. Confira na tabela:

Sem representantes da esquerda
O cenário também mostra que todas as cadeiras nas prefeituras da região serão ocupadas por representantes de partidos de centro e direita a partir do próximo ano. Como mostrou levantamento do g1, legendas com esses direcionamentos também têm predominância entre os vereadores eleitos nas Câmaras Municipais da região.
Na avaliação de Vitor Barletta Machado, cientista político da Faculdade de Ciências Sociais da PUC Campinas, o cenário reflete uma conjuntura já existente nos últimos anos.
“Porque a gente tem essa disputa política, essa disputa pelos campos ideológicos já não é de hoje, e o que a gente viu aqui na região é a predominância que na verdade já existia um pouco nos períodos anteriores. São Paulo tem um eleitorado com esse perfil já não é de hoje então, eu acho que você tem um cenário aqui que ultrapassa o que é o cenário nacional, porque aqui a coisa está mais intensa e pendendo para um lado”, analisa.
Reeleição e renovação
Quanto à taxa de reeleição e à de renovação, Machado afirma que os pontos negativos e positivos variam de acordo com as realidades locais.
“Não tem uma resposta exata porque, por um lado, é interessante que exista renovação na política, que entrem novas pessoas representando novos grupos, isso é interessante, é sempre bem-vindo. Por outro lado, se você tem pessoas que estão fazendo um bom trabalho e que estão atendendo bem a população, a continuidade dessas pessoas também é interessante […] Acho que é uma questão de se analisar as conjunturas locais e verificar o que isso está representando naquele momento. Você pode ter uma renovação que não representa posturas novas de fato, por exemplo, ou você pode ter continuidades que vão na mesma linha”.
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